Maniche venceu a Taça UEFA em 2002/03 e a Liga dos Campeões em 2003/04 no FC Porto e ainda conquistou a Taça Intercontinental, dois campeonatos, uma Taça de Portugal e duas supertaças portuguesas. Esta sexta-feira, o antigo médio internacional e que começou esta época como adjunto de Costinha no Paços de Ferreira passou pelo Museu do FC Porto e ficou encantado. "É indescritível esta visita. São as saudades, as recordações fantásticas, as memórias que jamais esquecerei. Foi nesta casa e neste clube que me tornei aquilo que fui como jogador, como ser humano e sempre irei estar grato a esta grande instituição que é o FC Porto", revelou ao site do FC Porto.

A visita serviu também para Maniche celebrar, à luz da distância e com sorrisos à mistura (uma constante enquanto circulava no Museu), alguns dos pormenores que estavam, por esta altura, já esquecidos: "Tinha de vir visitar este Museu e dar os meus parabéns às pessoas que o tornaram realidade e a todos os portistas, por fazerem parte deste Museu. Aqui respira-se azul, emoção, alma e aqui está tudo um pouco do que é o FC Porto e tive o privilégio de voltar a viver situações boas, que nunca mais esquecerei".

O ex-médio demorou-se, particularmente, nos locais relativos às três conquistas internacionais em que participou: "Recordo-me bem da caminhada para a conquista da Taça UEFA (2003). Foi a primeira em Portugal, no meu primeiro ano no clube, e tratou-se de uma época fantástica e de uma final extremamente difícil de conquistar. São momentos únicos que adoro reviver. Quando estava a ver as imagens do ano seguinte, da Liga dos Campeões, dos jogos em Marselha e em Lyon, em que marquei golos, arrepiei-me e deu-me vontade de voltar a jogar. Mas só nesta casa, que aqui é que se pode vencer".

As imagens ao antigo Estádio das Antas foram mais um ponto de paragem para Maniche: "Quando cá entrávamos, já estávamos a ganhar por 2-0. O Estádio das Antas sempre será portador das minhas melhores memórias, é impossível esquecer aquele ambiente, o que era chegar lá, o sentimento, a emoção, a forma como os adeptos empurravam a equipa".

O sorriso abriu-se ainda mais no espaço do holograma do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa: "Acima de tudo, é uma pessoa que respeito muito. Foi ele que me foi buscar numa altura extremamente difícil da minha vida profissional e pessoal. Este holograma define o seu sentido de humor fantástico e a sua inteligência, que é aquilo que eu conheço. Por vezes, não precisava de falar sequer - só a sua presença levava-nos a ter responsabilidade, empenho, respeito e, acima de tudo, transmitia que tínhamos de honrar e lutar pela camisola que tínhamos vestida".