O presidente de La Liga, Javier Tebas, marcou, esta terça-feira, presença num evento promovido pela agência noticiosa Europa Press, onde voltou a apontar o dedo ao Real Madrid pelo envolvimento na criação da Superliga Europeia.
O dirigente recorda que o futebol espanhol "não pediu nenhum resgate" e cumpriu com as "obrigações ao nível dos impostos", pelo que diz não ver viabilidade nos argumentos apresentados pelo presidente merengue, Florentino Pérez, para a entrada no projeto.
"Quando diz que o futebol está a caminho da ruína, não é verdade. O futebol não está a caminho da ruína, bem pelo contrário. Encaixámos menos dois mil milhões de euros e os clubes grandes foram mais afetados pela bilheteira. Há que felicitar os clubes pelos esforços, assim como os jogadores", afirmou.
Javier Tebas diz não ter qualquer tipo de "capacidade regulamentar para sancionar ninguém" com uma eventual exclusão competitiva, como o presidente da Federação italiana (FIGC), Gabriele Gravina, ameaçou fazer com a Juventus na Serie A, mas não excluiu eventuais castigos de outro género.
"Respeito a autonomia da UEFA, que deve tomar uma decisão segundo os seus estatutos. O que fizerem terá uma base jurídica suficiente. Não só competem na Liga dos Campeões, como também pertencem a organismos da UEFA, como a ECA. Os acontecimentos apanharam-nos desprevenidos", assumiu.
"A UEFA não pode ficar passiva perante isto, e La Liga também não. Temos que colocar em prática mecanismos de proteção para que não volte a acontecer. Reconhecer os erros é digno. A sanção é secundária, o principal é a contestação social. Ali não se discute. Não é solução e reconheceram o erro", completou.
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