Alex Ferguson concedeu, à edição desta terça-feira do jornal britânico The Guardian, aquela que foi a primeira (e extensa) entrevista desde que foi operado de urgência a uma hemorragia cerebral, no fatídico dia de 5 de maio de 2018.
A equipa médica deu ao antigo treinador do Manchester United apenas 20% de hipóteses de sobreviver, mas a verdade é que este acabou mesmo por vencer esta 'batalha', ainda que com algumas sequelas, como foi o caso de não conseguir falar durante dez dias e algumas perdas de memória.
"Essa foi uma grande preocupação para mim. Aconteceu depois da operação, quando perdi a voz. Foi a parte mais assustadora. Sabia que estava vivo, mas sozinho, e comecei a pensar 'Será que me estão a dizer a verdade?'", recordou.
"A operação foi um sucesso, mas estás no meio daquela solidão. Pode ser assustador. Quando perdi a minha voz, pensei 'Eles nunca me disseram que isto poderia acontecer'", prosseguiu o escocês, que irá festejar o 80.º aniversário em dezembro.
"A terapeuta de fala veio todos os dias e era fenomenal. Fez-me escrever todos os nomes da minha família e dos meus jogadores. Depois, começou com animais, peixes e pássaros para ver se me lembrava dos nomes. Gradualmente, recuperei a voz, mas o mais importante era a memória", completou.
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