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"Os jogadores têm de entrar determinados nem que eu tenha de me despir"

Dragões jogam no estádio Cidade de Barcelos neste sábado.

"Os jogadores têm de entrar determinados nem que eu tenha de me despir"
Notícias ao Minuto

13:11 - 05/03/21 por Notícias ao Minuto

Desporto Sérgio Conceição

Gil Vicente e FC Porto defrontam-se, neste sábado, pelas 18 horas, num duelo relativo à 22.ª jornada da I Liga.

Sérgio Conceição fez, nesta sexta-feira, a antevisão à partida frente aos gilistas.

Uma conferência de imprensa onde voltou a enumerar alguns erros cometidos pelo FC Porto diante do Sporting de Braga, para a Taça de Portugal, e sublinhando que o conquista do campeonato não é uma "missão impossível".

Alterações no onze e 'mexidas' no plano A: A confiança é total em todos os jogadores, apesar de alguns terem mais minutos e mais peso na equipa, isso é óbvio. Não se pode ser politicamente correcto. Agora também há jogadores que surpreendem e aparecem no onze. Nós também temos de perceber que tem havido uma densidade competitiva acima do normal por tudo aquilo que nós conhecemos e já foi frisado. Isto tudo tem o seu reflexo neste plantel, como em todos. O último jogo da Taça foi muito mau para nós e tive até às 3h da manhã a picar o jogo todo, porque depois fomo para estágio e quis discutir com os jogadores tudo aquilo que não fizémos, até porque é um jogo para lembrar e nunca mais esquecer. É preciso baixar a cabeça e dissecar aquele jogo ao máximo. Não é possível numa meia-final cometer tantos erros. E não se tratou de apenas um erro técnico. Eu fico aziado quando falta atitude aos jogadores e na vida sou igual. Temos de ser determinados na vida. Agora claro que tenha a minha parte de responsabilidade e culpa neste desaire. Eu é que tenho de motivar os jogadores, nem que para isso tenha de fazer o pino ou me despir perante os jogadores. Eu quero é que eles entrem bem.

Eliminação na Taça de Portugal: Nós temos de olhar para aquilo que é o momento e o jogo, e para as nossas dificuldades como equipa, mas também para as coisas positivas. Eu não quero puxar dos meus créditos, até porque deixo isso para os analistas, mas a verdade é que nestes quase quatro anos temos 26 jogos realizados na Taça de Portugal e alcançámos 24 vitórias. Tivémos duas meias-finais e duas finais, o que foi melhor do que nos seis anos anteriores a mim. Nesses seis anos fomos a uma meia-final e a uma final. É preciso refletir e abordar os erros individuais e colectivos, mas também analisar tudo o resto. Mas também vos digo é difícil não fazermos melhor do que o que fizémos contra o Sporting de Braga. Nós, treinadores, trabalhamos em cima do próximo jogo e corrigindo o que tem sido feito de errado, assumindo as responsabilidades do que não vai correndo bem. Dentro daquilo que é um mau momento não podemos esquecer aquilo que de bom fizeram há tão pouco tempo. Eu não gosto de perder a feijões, quanto mais numa meia-final da Taça. Uma prova pela qual tenho tanto carinho. Agora também associado ao nosso demérito temos de olhar para o mérito do Sporting de Braga.

Números defensivos da equipa: Esses números estão muito relacionados com o momento em que a equipa perde a bola. A equipa muitas vezes não está equilibrada defensivamente quando está em posse e a má ocupação do espaço, associado a algum facilitismo, faz com que nós soframos mais golos do que o habitual.

Mbemba apto para o Gil Vicente?Muito certamente estará fora deste jogo e também contra a Juventus.

Ganhar todos os jogos até ao fim do campeonato. Considera uma meta objetiva? Sem dúvida nenhuma. O importante agora é ganhar amanhã e só depois pensar no jogo seguinte. No fim faremos as contas, mas o objetivo é esse. Matematicamente tudo é possível. Os jogadores percebem que é necessário correr atrás e temos de ter essa força interior. Não é uma missão impossível alcançar o Sporting. Tudo é possível até matematicamente ser possível. Acredito que vamos dar luta até ao fim.

Cansaço psicológico da equipa: Numa altura em que se fala da Covid-19 esse tipo de cansaço não pode existir. Cansaço mental têm as pessoas que estão doentes, que perdem pessoas. Tanta gente com dificuldades, às vezes até para pagar contas e ter dinheiro para comprar comida ao final do mês. Para isso sim é preciso ter força mental. É preciso ter uma grande atitude para lidar com esse tipo de situações. Agora, nós? Dirigentes, treinadores e jogadores que somos bem pagos e temos uma vida fantástica, e que aparecemos todos os dias na televisão, e que têm tudo à disposição? Nós fazemos o que mais gostamos e somos bem pagos. Eu sinceramente tenho alguma dificuldade em entender esse cansaço mental. Nós que vamos para qualquer lado e temos um charter ou um autocarro sempre a nossa espera, que ficamos sempre em hoteis top, que temos um clube que tem um símbolo como este, que ainda joga na Liga dos Campeões. Cansaço mental? Cansaço físico sim existe.

Leia Também: Alan desvaloriza palavras de Sérgio Conceição: "Foi no calor do jogo"

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