Filipe Luís saiu do futebol europeu em 2019 para rumar ao Flamengo, onde seria orientado por Jorge Jesus, e destacou-se como um dos jogadores fundamentais no emblema do Rio de Janeiro.
Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, o jogador brasileiro passou em revista o percurso recheado de títulos no futebol europeu, mas também os pontos negativos, nomeadamente na passagem pelo Chelsea em 2014/15, quando foi orientado por José Mourinho nos londrinos.
"Quando estive no banco pela primeira vez bati à porta de Mourinho e perguntei-lhe: 'Porque me trouxeste para aqui? Porque não me deixaste no Atlético?'. Ele disse-me que não se sentia tão seguro defensivamente comigo como com o Azpilicueta. Disse-me que tinha de lutar pela posição. Não podia esperar que pelo nome fosse a primeira opção. Ele tinha razão. Eu não estava a jogar bem. Mas também penso que há que estar em campo para melhorar", afirmou o lateral-esquerdo, de 35 anos.
"Não me arrependo de ter ido para o Chelsea porque era uma das melhores equipas do mundo, mas toda a gente quer jogar. Naquele momento senti-me traído. Não queria trabalhar mais um ano com Mourinho. Mas não era culpa dele. Ganhámos a final [da Taça da Liga] e tenho a medalha em casa", acrescentou.
Sobre o trabalho com Diego Simeone no Atlético de Madrid, Filipe Luís admitiu que não é fácil tê-lo como treinador.
"Acreditem na minha palavra. Não é fácil jogar para Simeone. Ele não tem coração. Nunca diz a si mesmo: 'Que pena, pobre jogador, tenho de fazer isto ou aquilo.' Ele vai decidir o que fazer simplesmente para conquistar a vitória. Ele fez (do Atlético) a equipa monstruosa que é agora", concluiu.