Luca Waldschmidt, um dos reforços do Benfica do último mercado de verão, concedeu uma entrevista ao diário alemão Der Spiegel, onde abordou a sua chegada ao bastião das águias, o ciclo incessante de jogos, a adaptação a um novo país e o facto de se jogar sem adeptos nos recintos desportivos.
Ciclo ininterrupto de jogos: É muito esgotante. Não apenas por causa dos jogos, mas porque viajar de um lado para o outro também cansa. Por isso é que alguns clubes aumentaram as equipas para poderem rodar mais jogadores.
Jogar sem adeptos: O futebol como todos o conhecemos inclui os adeptos. Eles apoiam-nos, e nós também jogamos para eles, para lhes dar algo em troca. O futebol ficou mais silencioso. Como se alguém na televisão tivesse baixado o volume de 20 para 2.
Chegada a Portugal: Um novo país, uma nova Liga, novas pessoas, um novo idioma. Em alemão consigo dizer melhor o que quero, exprimir os meus sentimentos melhor. Nem sempre é tão fácil em inglês. Muitos dos meus companheiros são portugueses ou brasileiros. O inglês não é língua materna para nenhum de nós, por isso é desafiante, mas já sabia disso antes e tomei uma decisão consciente. Estou ansioso para aprender português e adaptar-me corretamente. É como mudar de escola ou de turma. Tudo é novo no começo, mas depois habituas-te.