Iker Casillas concedeu uma extensa entrevista à edição deste sábado do jornal espanhol El País, onde abordou os 'caóticos' meses passados desde maio de 2019, quando sofreu um enfarte agudo do miocárdio durante um treino do FC Porto, no Olival.
O ex-jogador recordou que o primeiro sentimento após o incidente foi como engolir uma golfada de "ar seco": "Era como se tentasse aproveitar o mesmo ar que tinha dentro, como se o meu corpo tentasse sobreviver a respirar o que sobrasse".
"Sentia uma dor tão forte no peito que parecia que me o estavam a esmagar. Imaginas o que é estares submergido numa piscina e que haja um cristal na superfície que te impede sair?", explicou, antes de passar para o período seguinte.
"Por que não posso encerrar o meu capítulo quando e como quero? A minha maior frustração era que, no dia anterior, estava a voar de poste a poste da baliza, e, no dia seguinte, não podia sequer caminhar os oito metros entre a minha maca e a casa de banho", lamentou.
A terminar, Iker Casillas mostrou-se agradecido ao FC Porto: "Quando saí daqui, saí triste, mas, depois destes cinco anos no Porto, voltei e sinto muito mais carinho. Hoje em dia, em Madrid, onde quer que vá, as pessoas só têm palavras de agradecimento".