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Cabo Verde explica caos nos vistos com atletas que trabalham em Portugal

Praia, 06 nov 2020 (Lusa) - O ministro do Desporto cabo-verdiano disse que "fez tudo" o que podia no caso envolvendo a recusa de vistos a atletas para um estágio em Portugal antes do Mundial de andebol, defendendo que estas situações não deviam acontecer.

Cabo Verde explica caos nos vistos com atletas que trabalham em Portugal
Notícias ao Minuto

18:13 - 06/11/20 por Notícias Ao Minuto

Desporto Ministro

O caso foi tornado público na terça-feira pelo Instituto do Desporto e da Juventude (IDJ) cabo-verdiano, que lamentou a recusa de vistos -- pelo Centro Comum de Vistos (CCV) da Praia - a três dos cinco atletas residentes no arquipélago convocados para integrarem o estágio em Portugal (02 a 08 de novembro) de preparação para o Mundial de andebol masculino, que acontece em janeiro, no Egito.

À margem de uma conferência de imprensa, hoje, na Praia, o ministro do Desporto, Fernando Elísio Freire, explicou que antes da decisão do CCV (que assume a emissão de vistos para vários países europeus, liderado atualmente por Portugal) reuniu-se com o embaixador de Portugal para informar sobre os atletas que a seleção de Cabo Verde pretendia levar para estágio e que contactou a embaixada após a recusa do pedido de vistos.

"Pessoalmente voltei a enviar uma carta dizendo que assumia, enquanto Governo de Cabo Verde, toda a responsabilidade no regresso dos atletas, na segurança de que estávamos perante um processo institucional. Mas o CCV alegou os motivos que alegou, temos que trabalhar para que essas situações não aconteçam", afirmou Fernando Elísio Freire.

Até agora, nenhuma instituição portuguesa ou cabo-verdiana explicou quais os motivos que levaram à recusa de emissão daqueles vistos. Contactada pela Lusa, fonte oficial do CCV disse apenas que os motivos foram explicados aos próprios.

A seleção masculina de andebol de Cabo Verde vai participar pela primeira vez no mundial da modalidade, que acontece em janeiro, no Egito.

O estágio está a decorrer na cidade do Porto, com concentração agora de 20 jogadores.

Depois disso, segue-se a escolha dos convocados finais, que voltam a concentrar-se em 26 de dezembro até início da prova.

Questionado pelos jornalistas, Fernando Elísio Freire disse que o Governo "está a fazer tudo" para que a seleção de andebol masculino tenha "todas condições financeiras, logísticas e institucionais" para estar presente na fase final da competição, nomeadamente a realização dos estágios de preparação.

"A seleção terá um outro estágio, daqui a pouco tempo, e até lá teremos todas as condições de suprir todas as falhas que eventualmente possam ter acontecido no processo. Mas o que posso garantir é que o Governo fez tudo para que todos os convocados estivessem no estágio", referiu Fernando Elísio Freire.

"O Governo cabo-verdiano, naturalmente, continuará empenhado em manter as melhores relações com todos os países, neste caso em concreto com Portugal, mas também estaremos cá firmes e determinados em defender os interesses dos cabo-verdianos e das cabo-verdianas", acrescentou o governante, sobre um caso que tem motivado várias críticas a Portugal na opinião pública cabo-verdiana.

O 27.º campeonato do mundo de andebol vai decorrer no Egito de 14 a 31 de janeiro próximo.

A seleção cabo-verdiana integra o Grupo A, juntamente com Hungria, que vai ser o adversário de estreia, bem como a Alemanha e Uruguai.

Segundo a informação anterior do IDJ, em 30 de outubro, "véspera da partida para o estágio em Portugal", foi recebida a informação "de que haviam sido colocados vistos somente a parte da delegação e rejeitado a colocação de vistos aos atletas".

"Que são os mais importantes na preparação e foco de todo o esforço e dedicação do IDJ, I.P. e Federação Cabo-verdiana de Andebol", escreveu o instituto cabo-verdiano, no comunicado de terça-feira.

PVJ // LFS

Lusa/Fim

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