Aos 24 anos, Adama Traoré é um dos jogadores mais falados no mundo do futebol, em particular devido à compleição física que tem vindo a ostentar, em contraste com a estrutura mais ligeira que apresentava quando deu nas vistas nas camadas jovens do Barcelona.
Para analisar a questão, o jornal espanhol Marca reuniu uma série de especialistas no que ao trabalho físico diz respeito, cujas opiniões divergem quando chega a hora de discutir a sustentabilidade do futebol do avançado do Wolverhampton.
Num dos polos está Javier Vidal, preparador físico do Getafe, que defende que "não há nenhum prejuízo" para o jogador, e considera que esta se trata de "uma tendência" que, mais cedo ou mais tarde, irá verificar-se um pouco por todo o mundo.
"O Adama não é o único, ainda que não se veja tanto em Espanha. Surpreendeu muito pelo tamanho, mas há muitos tipos de corpo. O corpo de Cristiano Ronaldo é normal, está muito marcado e cuidado, mas com tamanho para desenvolver. Há mil assim", afirmou.
Do outro lado do espectro, encontra-se Vicente Calvo, responsável pela preparação física do tenista espanhol Feliciano López, que assume que as dimensões que o corpo de Adama Traoré são "surpreendentes", o que poderá vir a levantar algumas questões.
"Há que avaliar geneticamente. Não é qualquer um que quer e consegue colocar-se assim. Está no limite do aconselhável, porque parece mais de NFL. O futebol caminha nessa direção, quando carregou sobre Trincão, foi um búfalo. Exibe uma potência e velocidade enormes, e não em detrimento da agilidade", referiu.
"A genética está lá, mas aquilo só se faz com um estímulo. Não sei se o faz com pesos ou com pedras da calçada. Deve comer como um autêntico animal e ingerir uma quantidade calórica brutal. É peculiar, assusta", completou o especialista.