Domingos Paciência falou à Sport TV sobre o período de quarentena que está a viver neste momento motivado pela propagação dos casos do novo coronavírus em Portugal, falando ainda de um "dia difícil" por causa da ausência do filho Gonçalo naquele que é o dia do pai.
"Não é um tempo fácil para ninguém. O momento pede proteção e isolamento para todos os portugueses. É natural que não seja um período fácil para ninguém. Para quem está habituado a fazer desporto, que gosta de desporto, que gosta de futebol, é evidente que isto é como uma prisão, mas sabemos que o que está em causa é a vida de todas as pessoas, das famílias. Temos de ter um sacrifício grande nesta altura, e temos de estar unidos e ajudarmo-nos uns aos outros. Passa muito por aí. É o nosso futuro e a nossa vida que está em causa", garante Domingos Paciência.
Domingos falou ainda da ausência do filho Gonçalo Paciência durante o dia do pai, no mesmo dia em que o Eintracht Frankfurt confirmou um caso de Covid-19 no plantel principal.
"É um dia do pai diferente. Nunca pensei que isto pudesse estar a acontecer. Não é fácil para nenhuma família nesta altura não ter os filhos perto de nós. O Gonçalo está na Alemanha, em Frankfurt, e não pode sair de lá porque está sempre na iminência de voltar a treinar. Não é fácil também para a mãe porque queria ter os filhos ao pé dela neste momento. Estamos a tentar passar da melhor forma o tempo de forma a que isto não canse muito psicologicamente. Pode ser um problema para muitos estar muito tempo isolados. Estamos sempre em contacto e felizmente que a tecnologia o permite falar uns com os outros. E é uma forma de colmatar a ausência do Gonçalo", assegurou.
Questionado sobre as consequências que esta paragem obrigatória dos campeonatos terá no futebol, Domingos Paciência sublinhou que este é um momento crítico, salientando que "não é um tempo fácil para ninguém."
"Não sabemos o período de tempo que o futebol vai estar parado. Se conseguirmos retomar emmaio e prolongar até julho se calhar não vai mexer muito com a situação dos campeonatos e com a próxima época. Se isso não acontecer não sei como vão resolver essa situação. Talvez anular esta época, fazer um play-off para encontrar as equipas que vão disputar a Liga dos Campeões e a Liga Europa. Vai ter de haver uma resolução por parte da UEFA porque existem competições europeias. Terá de haver um acerto", afrmou, antes de avisar que poderão existir clubes que podem não sobreviver a esta situação.
"Pode ter consequências complicadas a nível financeiro. Não havendo receitas, há clubes que podem não sobreviver a esta crise. As instâncias que gerem o futebol têm de analisar bem as situações e pensar em formas de ajudar financeiramente os emblemas. Para retomar a vida de forma normal vamos ter de fazer um esforço muito grande", concluiu.
