O Benfica saiu esta segunda-feira em tom crítico contra a Liga por causa da calendárização competitiva em Portugal. lembrando que não foram acautelados os ciclos competitivos mais rigorosos para proteger a competição e o espetáculo.

O Sporting de Braga, voz que sempre defendeu ser necessário repensar a forma como era desenhado o calendário, esta terça-feira, reagiu igualmente, em tom irónico, lembrando que foi voz isolada a "pregar no deserto", deixando mesmo críticas à Liga por proteger a Taça por si criada em deterimento de outras partidas.

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Um raio de luz desceu sobre o futebol português, iluminando a visão de alguns dos seus responsáveis sobre uma calendarização que agora se revela caótica e sobre a qual há conclusões taxativas e críticas lancinantes. O deserto onde o SC Braga vinha pregando há já largos meses termina afinal num oásis, onde até se saciam aqueles que juraram desta água nunca beber", começa por referir o comunicado.

"É irónico que a Imprensa desta terça-feira dê eco do SL Benfica a rasgar as vestes contra o calendário, sobretudo por haver uma gritante falta de comunicação entre quem escreve as newsletters e quem representa o clube nas reuniões estratégicas e nas decisões em sede de Comissão Permanente de Calendários (CPC). O SC Braga saúda, obviamente, que uma SAD com a responsabilidade do SL Benfica se junte à luta por um calendário, e citamos, que "salvaguarde os interesses do futebol português" e que alerte contra a "elevada concentração de jogos que se seguirá" à paragem", acrescenta o emblema arsenalista.

"A coerência é um valor importante. Fomos contra esta calendarização em abril, quando a mesma nos foi apresentada como um produto acabado pela Liga e pela CPC, e lançamos alertas muito concretos em agosto e em setembro, agora acolhidos por outros, manifestando também a necessidade de pensar a existência da Taça da Liga tal como a conhecemos, a criar vazios competitivos e a empurrar jornadas do campeonato para ciclos sobrelotados, tudo para que a menina dos olhos desta Liga possa ocupar fins de semana nos primeiros meses da época e condicione todo o mês de janeiro", continuam os bracarenses, falando depois no "prego do caixão do futebol português".

"Que seja a Taça da Liga o prego no caixão do futebol português é de uma ironia queirosiana, mas que da nossa parte não passará sem a devida denúncia: este estado de coisas é responsabilidade da Direção da Liga e dos clubes que a integram, mas é também o reflexo de um modelo de governação que o G15 já há denuncia dois anos como caduco, mas que Pedro Proença se recusa a reformar - contrariando o que prometera antes das eleições - e que ficará gravado na história como causa maior da nossa perda de competitividade", termina o comunicado.