Carlos Carvalhal concedeu, esta segunda-feira, uma extensa entrevista ao jornal espanhol Marca, onde repassa alguns dos melhores momentos da sua carreira.
O treinador português, que se encontra livre desde o passado mês de maio, quando abandonou o comando técnico do Swansea, não esqueceu a histórica caminhada do Leixões rumo ao Jamor, em 2002.
“Somos a única equipa da terceira divisão que chegou à final da Taça, jogámos a Supertaça, fomos à UEFA… Perdemos a final com o Sporting, mas temos a glória. Somos a equipa mais aplaudida da história da prova”, lembrou Carlos Carvalhal, que de seguida passou para o percurso do Vitória de Setúbal em 2008.
“Ganhámos a primeira edição da Taça da Liga, ficámos no quinto lugar e apurámo-nos para a UEFA. Foi uma temporada incrível no meio do nada. A equipa, no início da temporada, estava na bancarrota, à beira da quebra”, referiu.
Mais tarde, surgiu a possibilidade de suceder a Paulo Bento na liderança do Sporting. Uma boa oportunidade, mas à qual se refere como um “presente envenenado”: “Fui para um grande clubes, mas não para ganhar”.
“Apanhei a equipa no nono lugar, após a demissão de Paulo Bento, e imerso numa grande crise institucional. Ainda assim, estou orgulhoso. Deixámos o clube numa situação cómoda, que era o mínimo”, afirmou o treinador, que sublinha que, quando rumou ao Besiktas, foi “50 vezes pior”.
“Estava sozinho, não conhecia a língua, o presidente saiu após três meses, estivemos cinco meses sem receber, e, ainda assim, chegámos aos playoffs. Depois, o treinador que tinha substituído, que estava preso por corrupção, pediu para regressar e tive que sair. Foi uma crueldade”, lamentou.
A terminar, Carlos Carvalhal revelou o objetivo que tem em mente: “O meu sonho é, um dia, vencer a Premier League. Vão pensar que estou louco, mas tinha o mesmo sonho quando treinava na terceira divisão, e aí sim estava longe de Inglaterra”.