A ascensão de Sterling: Limpar sanitas aos 5, 'não' ao Arsenal aos 10

Jogador do Manchester City destaca o papel de "guerreira" que a mãe assumiu na sua vida.

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Carlos Pereira Fernandes
22/06/2018 11:13 ‧ 22/06/2018 por Carlos Pereira Fernandes

Desporto

Cartas

O internacional inglês Raheem Sterling abriu, esta sexta-feira, o coração, numa extensa carta aberta publicada no portal The Players’ Tribune, onde revela as dificuldades pelas quais passou até se tornar numa estrela do futebol mundial.

“Quando tinha dois anos, o meu pai foi assassinado. Isso moldou toda a minha vida. Não muito tempo depois, a minha mãe decidiu deixar-me e à minha irmã na Jamaica e ir para Inglaterra, para poder tirar um curso e dar-nos uma vida melhor”, lembra o jogador do Manchester City.

“Durante alguns anos, vivemos com a nossa avó em Kingston, e lembro-me de ver os outros miúdos com as mães e sentir uma grande inveja. Não percebia na totalidade o que a minha mãe estava a fazer por nós. Só sabia que se tinha ido embora”, acrescentou.

Foi então que, aos cinco anos, Sterling e a irmã seguiram também para Londres, onde se reencontraram com a mãe. No entanto, a vida na capital inglesa foi tudo menos simples: “A minha mãe trabalhava na limpeza de alguns hotéis para fazer dinheiro extra e poder pagar pelo curso”.

“Nunca esquecerei o que é acordar às cinco da madrugada antes da escola para a ajudar a limpar as sanitas num hotel em Stonebridge. Discutia com a minha irmã, dizia ‘Não, não! Ficas tu com as sanitas desta vez, eu fico com os lençóis’. A única coisa boa era que a minha mãe nos deixava escolher o que queríamos da máquina de vendas quando acabássemos. Ia sempre direto à barra de Bounty”, escreve.

Foi então que, alguns anos depois, a vida de Sterling mudou: “Era futebol, futebol, futebol. Totalmente obcecado. Quando tinha 10 ou 11 anos, fui observado por alguns dos maiores clubes de Londres. O Fulham queria-me. O Arsenal queria-me. E, quando o Arsenal te quer, claro que pensas em ir para lá. É o maior clube de Londres”.

“Mas a minha mãe é uma guerreira. Sabe como vingar neste mundo. É provavelmente a pessoa mais esperta que conheço. Sentou-se comigo e disse ‘Olha, eu amo-te. Mas acho que não deves ir para o Arsenal’. Eu disse ‘Ehhh?’. Ela disse ‘Se fores para lá, irão haver 50 jogadores tão bons quanto tu. Serás só um número. Tens de ir para onde possas crescer’. Convenceu-me a ir para o QPR e foi provavelmente a melhor decisão que tomei”, atirou.

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