Benjamin Mendy abriu, esta quinta-feira, o coração numa extensa carta aberta publicada no portal The Players’ Tribune. Começando desde logo com o período no qual trabalhou sob as ordens de Leonardo Jardim no Monaco.
Se Bielsa era conhecido como “El Loco” eis que, no principado, os jogadores atribuíram uma alcunha ao português: “Mostrou-nos que, mesmo como treinador, há vários caminhos para o sucesso. ‘El Táctico’ era a alcunha que lhe demos durante a temporada, porque estava constantemente a redefinir a nossa estratégia, de jogo para jogo”.
“Quando a época acabou, não sabíamos se toda a gente ia regressar. Prometemos que diríamos uns aos outros antes de tudo aparecer nos jornais. Um dia, sem dizer ‘olá’ nem nada, o Bernardo [Silva] mandou-me uma fotografia. Estava com um casaco do Manchester City. Liguei-lhe e perguntei ‘Estás numa loja ou quê?’. Com o sotaque português, disse-me ‘Vou para o Manchester City’”, lembrou.
“Liguei para o Timo [Bakayoko] e ele disse ‘Estou a falar com o Chelsea’. Liguei para o Kylian [Mbappé] e ele disse ‘Não sei, mas vejo que está tudo a sair. Talvez pense nisso’. Pouco depois, mandei ao Bernardo uma fotografia minha com um casaco do Manchester City”, acrescentou.
E, para que decidisse dizer ‘sim’ ao atual campeão inglês, pesou as palavras de Pep Guardiola… e não só: “É o tipo de treinador para quem os jogadores sonham sempre jogar. Mas o que aprendi do tempo com Pep foi mais importante do que alguma outra coisa que tenha aprendido sobre futebol”.
“Quando estava a pensar assinar pelo Manchester City no ano passado, o Pep e eu começámos a trocar mensagens no WhatsApp. Não estava só a conversar com Pep, mas também com a sua mulher, porque ela estava a ajudá-lo com o francês. Com Pep, senti que estava a falar com família, não com um treinador”, apontou.