Fundação de Serralves quer levar Coleção Miró a 'passear' pelo país

A presidente da Fundação de Serralves, Ana Pinho, manifestou hoje a intenção de vir a realizar várias itinerâncias da Coleção Miró pelo país, em diversos formatos.

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Lusa
07/09/2017 14:14 ‧ 07/09/2017 por Lusa

Cultura

Arte

A coleção, com 85 peças, que já foi exibida no Porto, onde ficou instalada, será mostrada a partir de hoje no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, pela primeira vez na sua totalidade.

Questionada pela Lusa, no final de uma conferência de imprensa realizada no Palácio da Ajuda, sobre a possibilidade de a Coleção Miró ser mostrada noutras cidades do país, Ana Pinho sublinhou que a intenção é que as obras "possam ser vistas pelo maior número possível de pessoas".

"Essa decisão também passa pelo Ministério da Cultura e pela Câmara Municipal do Porto, mas a ideia é que se possam organizar, através de parcerias, outras exposições em Portugal e no estrangeiro, até em diálogo com obras de outros artistas", acrescentou a presidente do conselho de administração da Fundação de Serralves.

Para a responsável, a Coleção Miró, que reúne 85 peças do artista catalão provenientes do antigo Banco Português de Negócios (BPN), agora na posse do Estado português, "deve ser dinâmica, e dessa forma captar novos públicos".

A responsável falava à Lusa no final de uma conferência de imprensa em que participaram ainda a diretora do Museu de Serralves, Suzanne Cotter, a diretora-geral do Património Cultural, Paula Silva, o diretor do Palácio da Ajuda, José Alberto Ribeiro, e o comissário da exposição, Robert Lubar Messeri.

Intitulada "Joan Miró: Materialidade e Metamorfose", a mostra inaugura hoje, às 18:30 e abre ao público na sexta-feira, permanecendo no Palácio da Ajuda até 08 de janeiro de 2018.

Esta exposição foi apresentada pela primeira vez na Casa de Serralves, no Porto, entre outubro de 2016 e junho deste ano, onde recebeu um total de 240.048 visitantes, segundo a DGPC e a Fundação de Serralves.

Comissariada pelo especialista mundial na obra de Miró Robert Lubar Messeri, a sua apresentação original na Casa de Serralves teve projeto expositivo do arquiteto Álvaro Siza Vieira.

A mostra abarca um período de seis décadas da carreira de Joan Miró (1893-1983), de 1924 a 1981, debruçando-se de forma particular sobre a transformação das linguagens pictóricas que o artista catalão começou a desenvolver nos anos 20 do século passado.

A Galeria D. Luís I, no Palácio Nacional da Ajuda, receberá a coleção completa, entre as quais seis pinturas da conhecida série sobre masonite de 1936, seis tapeçarias de 1972 e 1973, e uma das telas queimadas, de uma série de cinco, criada para a grande retrospetiva de Miró no Grand Palais de Paris, em 1974.

No final de setembro do ano passado, a Câmara Municipal do Porto anunciou que aquela coleção de arte iria permanecer na Casa de Serralves, depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter revelado que o seu destino permanente seria a cidade do Porto.

Em março deste ano, o Governo anunciou que tinha chegado a acordo com a leiloeira Christie's para revogar o contrato de venda em leilão da coleção Joan Miró, cujo valor a obter deveria servir para a abater parte dos créditos do banco.

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