MAAT reabre hoje ao público com a nova exposição 'Utopia/Distopia'

Os sinais de mudança numa sociedade "de ambiguidade sociopolítica", na visão de artistas e arquitetos, espelha-se na exposição 'Utopia/Distopia', hoje inaugurada no novo edifício do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa.

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Lusa
21/03/2017 13:49 ‧ 21/03/2017 por Lusa

Cultura

Museu

A exposição, uma das que marcam a reabertura do museu, - depois do encerramento a 6 de fevereiro para obras de reparação e instalação de um novo percurso - reúne 60 obras de 52 artistas e arquitetos em diálogo sobre as utopias e distopias.

Numa visita guiada aos jornalistas pelas novas exposições, Pedro Gadanho, diretor do MAAT, sublinhou que "talvez esteja a surgir um novo paradigma de sociedade e os artistas e os arquitetos parecem ser os melhores criadores - tal como os realizadores e os escritores - para nos dar os sinais do que está a mudar".

'Utopia/Distopia', exposição que evoca o 500.º aniversário da publicação da obra 'Utopia, de Thomas More, "centra-se nos conceitos de utopia e distopia, e na forma como a dicotomia entre ambos reflete uma época de aceleração paradoxal, em que a ansiedade e o otimismo coexistem".

Nas obras, de vários suportes - desde pintura, escultura, vídeo e instalação - é possível conhecer as ideias dos artistas e dos arquitetos sobre a sociedade atual, a influência do modernismo, a invasão das novas tecnologias no quotidiano, o consumismo, o hedonismo e a visão de cidades do futuro.

Pedro Gadanho sublinhou que, com as exposições que agora são apresentadas - e que abrem ao público na quarta-feira - o MAAT "está a ser finalmente ocupado na sua totalidade".

"Em outubro, na inauguração, o objetivo era sobretudo dar a conhecer a arquitetura do edifício. Agora é uma primeira experimentação de transformar o espaço interior para receber as exposições", afirmou.

A exposição coletiva 'Utopia/Distopia' ocupa a galeria principal, a Project Room e a Video Room do museu, com curadoria de Pedro Gadanho, de João Laia e Susana Ventura, até 21 de agosto.

Na exposição é possível ver obras como 'Composição com Cemitério', de Aldo Rossi (1979), 'Exodus' (1972), um projeto de Rem Koolhas em conjunto com outros artistas, 'Forma Livre' (20149, um vídeo de Clara Ianni, ou 'Paraíso' (2017), de Pedro Bandeira.

O diretor do MAAT indicou que pelo menos sete obras foram o resultado de encomendas do museu para esta exposição, entre elas uma obra de Miguel Palma de 2006 - um canhão que dispara sementes - adquirida pela Fundação EDP.

Hoje, dia da inauguração oficial das novas exposições, o público poderá ver, no exterior do museu, às 18:00, uma performance de Michelangelo Pistoletto intitulada 'Terzo Paradiso', uma fusão entre o primeiro e o segundo paraíso, na conceção do artista.

Para as 18h30 está prevista a apresentação de outra performance, "Canto Urbano", de Allard van Hoorn, com duração de meia hora, na qual os azulejos de cerâmica da fachada do edifício do MAAT serão utilizados como instrumentos de música, tocados e afinados ao vivo como notas musicais.

Na mesma altura será inaugurada, na Central 2, a exposição 'O Que Eu Sou, Colecão de Arte Fundação EDP', com curadoria de Luiza Teixeira de Freitas e Inês Grosso, que ficará patente até 29 de maio.

Trata-se da terceira exposição de um ciclo de olhares sobre a Coleção de Arte Fundação EDP intitulado 'Perspetivas' e que apresenta, desta vez, obras de autores como António Olaio, António Sena, Carlos Nogueira, Cristina Terra da Motta, Ernesto de Sousa, Graça Sarsfield, Helena Almeida, Horácio Frutuoso, João Pedro Vale, Jorge Molder, entre outros.

A partir de quarta-feira, as entradas passarão a custar nove euros, para a visita aos dois espaços museológicos, ou cinco euros, caso o visitante queira entrar apenas na Central Tejo ou no novo edifício do MAAT.

Vai também ser criado um cartão anual de membro do MAAT, com um custo de 20 euros, que dá entrada livre para todas as exposições, incluindo um acompanhante.

Situado na margem do rio Tejo, em Belém, o novo museu da Fundação EDP inaugurou parte do espaço expositivo, a 5 de outubro do ano passado, numa primeira fase de abertura do edifício projetado pelo ateliê AL_A, da arquiteta Amanda Levete.

 

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