Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 12º MÁX 17º

Teatro da Rainha estreia, em outubro, 'Pensa, logo sangra'

O Teatro da Rainha estreia, em outubro, "Pensa, logo sangra", um espetáculo em que a companhia das Caldas da Rainha leva à cena monólogos de Álvaro de García Zúñiga, Joseph Danan e Gregory Motton.

Teatro da Rainha estreia, em outubro, 'Pensa, logo sangra'
Notícias ao Minuto

21:26 - 12/09/16 por Lusa

Cultura Caldas da Rainha

A peça, com estreia marcada para o dia 6 de outubro, assenta numa "polifonia tripartida de vozes à volta de quatro monólogos" em que, segundo o encenador, Fernando Mora Ramos, "o pensamento é a própria cena".

"Pensa, logo sangra" desenvolve-se em torno de dois monólogos do uruguaio Álvaro de García Zúñiga - 's/t' (que significa sem título) e 'Remaining calm' -, autor que, através das palavras, "brinca com o pensamento, como prática lúdica e, logo, sangra", explica Mora Ramos.

Joseph Danan assina o monólogo que se segue, 'O homem que queria (não) ser sábio', obra que espelha a "secundarização do estatuto da filosofia", através da história de um professor de filosofia que "não consegue falar com os alunos" ou sequer abordar o tema no "seio familiar", acrescenta o encenador.

E, finalmente, 'Um monólogo', de Gregory Motton, porá a memória no centro da ação, para "atacar o 'presentismo'" de uma sociedade que esquece o legado dos antepassados.

O espetáculo conta com as interpretações de António Parra, Fernando Mora Ramos e José Carlos Faria, e ficará em cena, na Sala Estúdio do Teatro da Rainha, até ao dia 22 de outubro, de quinta-feira a sábado, sempre às 21h30.

A esta "espécie de ensaio sobre a possibilidade do pensamento", como descreve Mora Ramos, juntam-se conferências, sessões de poesia e a formação de jovens atores.

A conferência, agendada para o próximo dia 17 deste mês, levará, às instalações da companhia, Rui Vieira Nery e porá em discussão a política cultural.

O musicólogo e historiador que dirige o Programa Gulbenkian de Língua e Cultura Portuguesas abordará 'Da obra à criação, os meios - a inscrição e enraizamento das artes na democracia', numa sessão com entradas gratuitas.

A poesia ficará a cargo de Nuno Moura, declamador de versos seus e de outros, que, no dia 1 de outubro, dinamizará, na mesma sala, uma sessão também com entradas livres.

No que diz respeito à formação, o Teatro da Rainha tem abertas, até ao final do mês, as inscrições para a Oficina Criativa de Teatro, a desenvolver ao longo do próximo ano letivo.

Dirigida a crianças dos cinco aos 12 anos, a oficina pretende "estimular a imaginação e criatividade, através de exercícios que consistem em técnicas corporais e improvisações, jogos e brincadeiras", replicando o modelo que, no último ano, contou com a participação de dez crianças (número máximo admitido) e que culminou com alunos a apresentarem trabalhos baseados em textos de Afonso Cruz.

Fora de portas, em novembro, o Teatro da Rainha apresenta a Maratona de Formas Breves, um projeto desenvolvido em colaboração com o Teatro Nacional de São João, no Porto, composto por uma oficina de escrita, com Jean-Pierre Sarrazac e Joseph Danan, e pela apresentação de três espetáculos produzidos pela companhia: 'Morte de um DJ', de Jean-Pierre Sarrazc, 'Dramatículos 2', de Samuel Beckett, e 'Pensa, logo sangra'.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório