República Dominicana discorda de prémio atribuído a Vargas Llosa
A Presidência da República Dominicana discordou hoje com a decisão do júri de atribuir o Prémio Internacional Pedro Henriquez Urena de 2016 ao escritor Mario Vargas Llosa, por este ter desrespeitado instituições do Estado.
© Reuters
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A decisão do júri do prémio, anunciada a semana passada, também foi questionada por políticos e intelectuais do país.
Em causa está uma decisão do Tribunal Constitucional dominicano que afetava os descendentes de haitianos sem documentos, que o escritor comparou à Alemanha Nazi.
Segundo o ministro da Presidência, Gustavo Montalvo, apesar de o Governo respeitar a decisão do júri e não questionar a trajetória profissional do escritor considera "inapropriada" a decisão de lhe entregar o prémio.
"Numa altura em que a República Dominicana se defendia de uma campanha internacional, (o escritor) realizou afirmações agressivas e falsas sobre as leias e a sua aplicação no país", afirmou o ministro.
O ministro sublinhou que o prémio foi entregue por um júri independente formado por reconhecidos intelectuais nacionais e internacionais, que agiram de forma livre, e que embora a decisão seja "final", a Presidência não a partilha e considera-a "inadequada".
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