De acordo com o museu, a exposição intitula-se "José Espinho. Vida e Obra", e inaugura nesse dia às 19:00, no piso 03 do MUDE, onde ficará até 17 de abril de 2016.
O MUDE destaca que apesar de ter sido um dos pioneiros do design português, José Espinho continua "ainda hoje quase desconhecido do grande público".
Com programação e coordenação geral de Bárbara Coutinho, diretora do MUDE, curadoria de Graça Pedroso, design expositivo de Isabel Barbas, João Manuel Alves Arquitetos e Paula Guimarães, a mostra segue a linha de outras semelhantes dedicadas a António Garcia, Eduardo Afonso Dias e Miguel Arruda.
O MUDE sustenta que “prossegue um trabalho de investigação, conservação, divulgação e musealização do design português, uma das prioridades estratégicas desde a sua inauguração em 2009".
José Espinho é autor de uma obra vasta que vai da arquitetura de interiores ao design de produto, passando pelo design efémero, design expositivo, design gráfico, edição e ilustração, estas duas últimas áreas desenvolvidas em particular enquanto funcionário da Câmara Municipal de Lisboa.
A exposição apresenta cerca de 90 peças de mobiliário e uma vasta documentação iconográfica que dá a conhecer muitos espaços interiores, em que interveio nomeadamente Teatro Micaelense, Cine-Teatro Monumental, Cervejaria Solmar, Hotel Mundial, Hotel Tivoli, Hotel Estoril-Sol, Casino do Estoril, Hotel Alvor, Hotel Trópico Luanda, na sua grande maioria desvirtuados ou demolidos, assinala o museu.
"Para conhecer o homem por detrás da obra, apresentamos alguns objetos pessoais que testemunham o seu gosto pela pintura, talento para o desenho, sentido de humor e interesse pela fotografia e música", acrescenta.
A mostra evoca ainda "as cumplicidades e relações de trabalho com muitos outros protagonistas do design e da arquitetura do seu tempo".
Entre eles estão, por exemplo, Carlos Rafael, Leonilde Dias, Manuel Rodrigues, Thomaz Mello, Fred Kradolfer, António Garcia, Daciano da Costa, Eduardo Anahory, Eduardo Afonso Dias, Sebastião Rodrigues, da Carmo Valente e os arquitectos José Leitão de Barros, Keil do Amaral, Rodrigues Lima, Inácio Peres Fernandes e Raúl Tojal e ainda os industriais José Pedro Olaio, Herbert Brehm e José Sousa Braga e António Garcia.
O mobiliário, produzido em colaboração com várias firmas, particularmente com os Móveis Olaio, onde foi consultor de estética industrial, é apresentado numa sequência cronológica e, de acordo com a perspetiva curatorial, em três momentos principais: neo-rústico, moderno e estética industrial.
Por ocasião desta exposição o MUDE editará, em data a anunciar, uma publicação ilustrada com uma biografia, cronologia e ensaios.