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Sindicato quer ouvir administração sobre futuro do CCB

O Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos (STE) disse hoje à agência Lusa que pediu uma reunião à administração do Centro Cultural de Belém (CCB) para esclarecer dúvidas sobre a "grande incerteza" quanto ao futuro daquele equipamento cultural.

Sindicato quer ouvir administração sobre futuro do CCB
Notícias ao Minuto

17:42 - 17/10/14 por Lusa

Cultura STE

O STE divulgou hoje um comunicado referindo recentes notícias da reclassificação do CCB, que passará a integrar a Administração Central, "refletindo-se diretamente em cortes nos salários dos trabalhadores e na perda de autonomia financeira".

Contactado pela Lusa, João Barreiros, dirigente do STE, disse que "os trabalhadores estão preocupados com os cortes nos salários e com o futuro da entidade, depois de os meios de comunicação social terem noticiado a intenção da criação de um eixo Ajuda-Belém, que agregará num só organismo o CCB e os museus e monumentos localizados nessa área".

De acordo com a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2015 divulgada na quarta-feira, na área da cultura, a Fundação do CCB, que no próximo ano passa a integrar a Administração Central, tem prevista uma despesa de 16,5 milhões de euros.

Segundo o documento do Governo "as despesas das entidades que pela primeira vez são reclassificadas no perímetro da Administração Central, são financiadas em grande parte por verbas provenientes de outros organismos do subsetor".

Encontra-se nesta situação o CCB, que beneficia de verbas concedidas pelo Fundo de Fomento Cultural.

Por seu turno, o anteprojeto das Grandes Opções do Plano (GOP) do Governo, divulgado em setembro, assinalava, na área do património, a abertura do novo Museu dos Coches em 2015, com a intenção do Governo em efetuar uma "gestão mais integrada dos equipamentos situados na Praça do Império", onde estão localizados o CCB, o Museu Nacional de Arqueologia, e o Mosteiro dos Jerónimos.

Questionado pela Lusa sobre o número atual de trabalhadores do CCB, João Barreiros indicou que, de acordo com os números constantes no relatório de contas de 2013, a entidade tinha no ano passado 122 funcionários com contrato a termo indeterminado e 14 com contrato a termo certo.

O dirigente sindical disse que pediu uma reunião à administração do CCB há duas semanas para falar sobre o futuro dos trabalhadores e daquele equipamento cultural, mas ainda não obteve uma resposta.

Também pediu uma reunião ao secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, "para falar sobre este e outros assuntos, mas não houve resposta".

Contactado pela Lusa, o gabinete do secretário de Estado da Cultura disse que Jorge Barreto Xavier não quis comentar o comunicado do STE sobre a situação do CCB.

Da mesma forma, a Lusa contactou o gabinete de comunicação do CCB para obter uma reação da administração, que também não quis comentar.

Em meados de setembro, a Secretaria de Estado da Cultura anunciou que António Lamas, atual presidente da empresa Parques de Sintra Monte da Lua, iria ser nomeado novo presidente do CCB.

Até ao momento, mantém-se como presidente interino, Miguel Leal Coelho, vogal mais antigo no conselho de administração do CCB, que assumiu funções depois do falecimento do romancista e ensaísta Vasco Graça Moura, aos 72 anos, em abril deste ano.

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