'Retrato de D. João VI' e 'Alegoria' de Domingos Sequeira vão a leilão

Dois quadros da autoria de Domingos Sequeira, 'Retrato de D. João VI' (1817) e 'Alegoria' (1794), vão a leilão no dia 05 de junho, em Lisboa, com bases de licitação de 50 mil e 95 mil euros, respetivamente.

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Lusa
25/05/2025 08:32 ‧ há 3 horas por Lusa

Cultura

Arte

De acordo com a Veritas Art Auctioneers, que promove o leilão, a pintura 'Retrato de D. João VI', com declaração de autenticação de maio de 2024, tem uma estimativa de licitação entre os 50 mil e os 70 mil euros.

 

A 'Alegoria', outro óleo sobre tela, com data e assinatura no canto inferior esquerdo, vai a leilão com uma base de licitação entre os 95 mil e os 120 mil euros.

Esta pintura foi reproduzida no teto da Sala D. João IV do Palácio Nacional da Ajuda, e está identificada no livro de Diogo de Macedo como 'Alegoria pintada em Roma, em 1794'.

A 'Alegoria', pintada durante a passagem de Domingos Sequeira por Roma no final do século XVIII, surge num momento de afirmação internacional do pintor, formado naquela capital artística europeia, e embora a sua função original seja incerta, poderá ter sido um estudo para um teto na casa da família Cometti, segundo a descrição feita pelo historiador de arte António Filipe Pimentel, antigo diretor do Museu Nacional de Arte Antiga e atual diretor do Museu Calouste Gulbenkian.

A tela permaneceu durante décadas sem destino claro, até ser reaproveitada como painel central do teto da Sala D. João IV no Paço Real da Ajuda.

Rebatizada como 'Alegoria da Justiça e da Concórdia', a obra foi reinterpretada como uma celebração da Restauração da Independência de 1640.

O Retrato de D. João VI, datado de cerca de 1817, insere-se no contexto da afirmação da imagem régia após anos de ausência do monarca, então ainda no Brasil.

A pintura mostra o rei sentado, com trajes formais e rodeado de símbolos de autoridade e sabedoria. Sem acesso direto ao modelo, Domingos Sequeira recorreu a representações anteriores e a convenções visuais estabelecidas, nomeadamente o retrato de Domenico Pellegrini, de 1805.

Leia Também: Fundadores do Prémio Pipa querem arte do Brasil em Portugal e na Europa

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