Além de Israel, representado por Yuval Raphael com a canção 'New Day Will Rise', foram também hoje selecionados para a final: Lituânia (com a canção 'Tavo Akys', interpretada por Katarsis), Arménia ('Survivor'/PARG), Dinamarca ('Hallucination'/Sisal), Áustria ('Wasted love'/JJ), Luxemburgo ('La Poupée Monte Le Son'/Laura Thorn), Finlândia ('Ich Komme'/Erika Vikman), Letónia ('Bur Man Laimi'/Tautumeitas), Malta ('Serving'/Miriana Conte) e Grécia ('Asteromáta'/Klavdia)
Hoje, na segunda semifinal competiram também Austrália, Montenegro, Irlanda, Geórgia, República Checa e Sérvia, que ficaram pelo caminho.
Com a passagem de Israel à final, o conflito israelo-palestiniano continuará a marcar a edição deste ano do concurso, à semelhança do que aconteceu no ano passado.
Hoje à tarde, durante o ensaio oficial, seis pessoas foram expulsas da St. Jakobshalle por "interromperem", com vaias e assobios, a atuação da representante israelita, Yuval Raphael.
A agência EFE relata que as vaias e assobios aconteceram durante toda a atuação de Yuval Raphael, incluindo no final, altura em que foram intercalados com aplausos.
Já na edição do ano passado, o representante israelita, Eden Golan, tinha sido vaiado em todas as atuações, devido às então mais de 30 mil mortes de palestinianos, causadas pela ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, número que é atualmente de cerca de 53 mil, na sua maioria civis, entre os quais muitas crianças.
Yuval Raphael é uma das sobreviventes do ataque do grupo extremista islamita Hamas em solo israelita, em 07 outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, e após o qual teve início a atual ofensiva militar israelita.
A presença de Israel no concurso este ano foi contestada, nomeadamente por artistas que já participaram no concurso e por algumas e a televisão pública espanhola.
Mais de 70 músicos, entre os quais Salvador Sobral, António Calvário, Fernando Tordo, Lena D'Água e Paulo de Carvalho, apelaram, à União Europeia de Radiodifusão (UER), para que exclua a participação de Israel.
Numa carta aberta, justificam o apelo com o facto de considerarem a televisão israelita KAN "cúmplice do genocídio contra os palestinianos em Gaza".
A carta, publicada conjuntamente pela organização não-governamental Artists For Palestine e pelo movimento Boycott, Divestment, Sanctions (Boicote, Desinvestimento e Sanções, em português, BDS), é assinada por cantores, compositores, músicos, bailarinos e membros de coro de vários países.
A televisão pública espanhola, RTVE, pediu a "abertura de um debate" sobre a participação da KAN no festival da Eurovisão, numa carta dirigida à UER.
O pedido da RTVE surgiu depois de terem sido lançadas petições na Finlândia, no final de março, pedindo à televisão pública finlandesa Yle que pressionasse a UER para excluir Israel da edição de 2025, por causa da guerra em Gaza.
Na semifinal de hoje, além dos 16 temas em competição, foram apresentadas as canções de outros países com entrada direta na final -- França ('maman'/Louane), Alemanha ('Baller'/Abor&Tynna) e Reino Unido ('What The Hell Just Happened?'/Remember Monday).
Este ano, participam 37 países no Festival Eurovisão da Canção, mas à final só chegam 26: os dez escolhidos hoje, dez que foram selecionados na terça-feira, na primeira semifinal, os chamados 'Big Five' (Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido) e o país anfitrião (Suíça), vencedor da edição do ano passado.
Na primeira semifinal foram selecionados: Portugal, que este ano é representado pelos Napa com a canção 'Deslocado', Noruega, Albânia, Suécia, Islândia, Países Baixos, Polónia, São Marino, Estónia e Ucrânia.
Nesse dia, foram também apresentadas as canções de Espanha, de Itália e da Suíça.
Leia Também: Lusodescendente Louane representa França na Eurovisão (e tem concerto cá)