Em comunicado, a câmara de Braga acrescenta que a cerimónia de entrega do prémio está marcada para 1 de dezembro, data de aniversário de nascimento de Alberto Sampaio.
O júri, constituído sob a égide da Academia das Ciências de Lisboa, a quem está confiada a direção científica do prémio, deliberou, por unanimidade, atribuir o Prémio de 2022 ao investigador Nuno Miguel Ribeiro de Medeiros, que apresentou um trabalho com o título "Edição para o Grande Consumo em Portugal: Um século de Romano Torres (1885/86-1990)".
No valor de 6.000 euros, o Prémio de História Alberto Sampaio, inicialmente instituído em 1995 pelos municípios de Guimarães e Vila Nova de Famalicão e pela Sociedade Martins Sarmento, foi renovado em 2016, contando, a partir de então, também com o município de Braga entre os instituidores.
Destina-se a homenagear e a manter viva a pessoa e obra de Alberto Sampaio, promovendo o desenvolvimento dos estudos científicos e investigação nas áreas ligadas ao seu legado, em especial, nas disciplinas da História Social e Económica.
No entendimento do júri, "o trabalho premiado surge de uma investigação histórica inovadora e aprofundada sobre um tema de relevância económica, social e cultural, ao procurar conhecer os processos sobre a produção editorial, a criação do livro e a sua circulação no mercado como objeto de consumo".
O trabalho concretiza-se no estudo do percurso de uma empresa centenária, a Romano Torres (1885/86-1990), aproveitando o acervo documental do seu arquivo histórico.
"O autor explora a racionalidade económica subjacente à iniciativa empresarial no sentido de captar e alargar o público consumidor, ir ao encontro das sensibilidades do leitor e modelar padrões sociais e culturais. O trabalho configura-se como um exercício transdisciplinar enriquecedor para a historiografia nacional, ao mesmo tempo que se insere, em pleno, no quadro de objetivos que subjaz ao Prémio Alberto Sampaio", acrescenta o júri.
O trabalho vencedor será publicado, conforme prevê o Regulamento, na Revista de Guimarães.
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