Intitulada "Universo Olivetti. Comunidade como Utopia Concreta", a exposição ficará na Central Tejo, um dos polos do MAAT, até 30 de maio, depois de ter passado pela Casa do Design, em Matosinhos, e também por Ecaterimburgo, na Rússia, por Berlim, na Alemanha, e Madrid, capital de Espanha.
A mostra junta fotografias, vídeos, documentos e desenhos originais de uma empresa que, ao longo do século XX, mobilizou arquitetos e designers como Le Corbusier, Louis Kahn, Gae Aulenti, Egon Eiermann, Ignazio Gardella, Carlo Scarpa, Marcello Nizzoli, Mario Bellini, Ettore Sottsass, Michele De Lucchi, George Sowden e Giovanni Pintori, entre outros, tanto para a definição dos produtos Olivetti, como para as suas instalações.
Organizada pelo Instituto Italiano de Cultura de Lisboa, sob a égide da Embaixada de Itália, em colaboração com o MAAT, a mostra pretende aprofundar o conhecimento "de uma das figuras mais poliédricas e extraordinárias na história da indústria italiana e mundial do século XX: Adriano Olivetti".
Empresário, industrial, editor, intelectual e político, inovador social e precursor da urbanística, Olivetti dedicou-se a conjugar processo produtivo, responsabilidade social e atenção ao território urbano.
No seu percurso, criou, entre 1930 e 1960, "um modelo de empresa inovador e vanguardista, que revolucionou a cultura empresarial do século XX, sendo, ainda hoje, reconhecido como um dos exemplos mais atuais e avançados de sustentabilidade", aponta um comunicado do MAAT.
A plataforma expositiva permite ter acesso aos temas relacionados com a empresa Olivetti e a sua cultura: o projeto industrial, os códigos do estilo Olivetti, os serviços culturais, o bem-estar, o planeamento urbanístico e, por fim, o projeto de comunidade.
Estes temas são contados através de quatro grandes secções temáticas: "Fábrica", "Cultura e Imagem", "Cidade e Política", e "Sociedade", cada uma ilustrada com uma variedade de elementos gráficos, documentos de arquivo, reproduções e reinterpretações fotográficas.
A mostra é desenvolvida de forma interdisciplinar, num diálogo entre arquitetura, design, fotografia e edição.
Com curadoria de Pippo Ciorra, Francesca Limana e Matilde Trevisani, a mostra está inserida numa itinerância portuguesa comissariada por Maria Milano, com o apoio da Embaixada de Itália em Portugal.
Depois de Lisboa, a exposição vai prosseguir a itinerância mundial por Argel e Doha.
Leia Também: Vídeos de Vhils, ambientalismo e artistas emergentes em exposição no MAAT