Não é uma regra mas tem sido habitual em ano de eleições nos Estados Unidos (e não só) serem publicados livros de cariz biográfico dos candidatos. Com as eleições norte-americanas à porta, este ano não foi diferente. Recentemente, chegou às livrarias portuguesas a autobiografia de Joe Biden, intitulada 'Promete-me, Pai', através da editora Clube do Autor. 

Trata-se de um livro de profundas memórias pessoais sobre o ano que mudaria a vida do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, que na altura era o vice-presidente de Barack Obama, e que conta a história de uma promessa. 

A promessa de Joe Biden, que está na origem do título da autobiografia, foi feita ao seu filho mais velho, Beau Biden, que morreria meses depois devido a um tumor cerebral. 

"Promete-me que ficas bem, pai", pediu Beau a Joe Biden. Uma promessa que serviu de inspiração para este livro e que alimenta a determinação do candidato democrata à Casa Branca. 

'Promete-me, Pai' alterna entre as lutas políticas de Joe Biden, como as lutas pelos direitos civis e dos homossexuais, a recuperação económica da classe média americana, a relação com Obama, e relatos mais pessoais sobre as raízes e as tradições do clã Biden.

No seu conjunto, o livro traça o percurso que leva Joe Biden a querer suceder a Donald Trump na Casa Branca, tendo sempre como pano de fundo a importância que o serviço público tem na vida de Biden. 

Um dos excertos da autobiografia é bastante elucidativo da determinação do candidato democrata. 

"Nunca deixei de ser um sonhador. Recuso-me a acreditar que não há possibilidade de fazer o que quer que seja. (…) Nunca me disseram que uma vida na política e no serviço público seria fácil; tal como a vida, nunca esperei que a política fosse isenta de desilusões ou desgostos. Mas sempre acreditei que valia a pena o esforço. E tendo sido eleito para vários cargos públicos desde os trinta e sete anos, percebi que todas as coisas boas são difíceis e demoram tempo", escreveu Joe Biden. 

As eleições nos Estados Unidos decorrem no dia 3 de novembro. As principais sondagens dão nesta altura vantagem a Joe Biden sobre Donald Trump. 

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