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Culturgest mostra exposição invisível e dedica antológica

'A Exposição Invisível', sobre expressões artísticas do século XX, e a primeira mostra antológica dedicada a Gabriela Albergaria destacam-se na programação da Culturgest para área das artes visuais, a decorrer a partir de setembro, anunciada hoje, em Lisboa.

Culturgest mostra exposição invisível e dedica antológica
Notícias ao Minuto

12:30 - 24/07/20 por Lusa

Cultura Culturgest

Com curadoria de Delfim Sardo, 'A Exposição Invisível' analisa o uso do som no contexto das artes visuais, desde primeiras manifestações a desenvolvimentos mais recentes, através de obras de autores como Kurt Schwitters, Raoul Hausmann, Filippo Tommaso Marinetti e Luigi Russolo.

O uso da voz no trabalho de Joseph Beuys, Joan Jonas e Vito Acconci, e explorações de Jimmie Durham, Bruce Nauman, Juan Muñoz e Michael Snow (que esteve na Culturgest, em 2018, para apresentar "O Som da Neve") são outras propostas, a que se juntam criações de artistas como a brasileira Maria Thereza Alves e os portugueses Luísa Cunha, Pedro Tudela e Julião Sarmento, reunindo peças que vão de instalações sonoras de maior impacto, "a peças mais intimistas, para serem ouvidas com auscultadores", como se lê na apresentação.

"A Exposição Invisível" estará patente na Culturgest, em Lisboa, de 25 de setembro a 10 de janeiro, e dá continuidade a projetos desenvolvidos por Delfim Sardo, em 2006, em Espanha e Israel, sobre instalações sonoras.

A par da mostra nas galerias, a exposição estende-se a outros lugares dentro e fora da Culturgest, como a garagem da instituição, que recebe o concerto-instalação "Medusa Unit", de Ricardo Jacinto, no dia 29 de novembro, e as Carpintarias de São Lázaro, onde a instalação "Swarming Decay", de Jonathan Uliel Saldanha, vai ficar de 26 de novembro a 10 de janeiro.

A versão para concerto de "A Man in a Room, Gambling", originalmente concebida por Gavin Bryars e Juan Muñoz, será apresentada ao vivo, num concerto de Gavin Bryars com o Quarteto Lopes-Graça, no Grande Auditório da Culturgest, no dia 29 de outubro.

"A Natureza Detesta Linhas Retas", a primeira antológica dedicada a Gabriela Albergaria, vai ficar nas galerias de Lisboa, de 16 de outubro a 28 de fevereiro, e é outra exposição com curadoria de Delfim Sardo, que deixou o lugar de programador de artes visuais da Culturgest, em março, para entrar na administração do Centro Cultural de Belém (CCB).

O trabalho da artista portuguesa, seja no campo do desenho, da escultura ou da fotografia, "é permanentemente pautado por uma cuidadosa investigação sobre a relação com a natureza", orientada "por um olhar que revela processos históricos e percetivos da aculturação do natural e da sua apropriação", escreve a Culturgest na apresentação da mostra.

Esta exposição segue "de perto vários momentos do percurso de Albergaria", atualmente radicada em Bruxelas, permitindo assistir à criação de novos projetos e fazer o balanço da sua atividade nos últimos 15 anos.

No Porto, a Culturgest recebe duas exposições que fazem parte do projeto "Reação em Cadeia", desenvolvido em parceria com a Fidelidade Arte: "Red Lines with Landscapes: Portugal", de Evan Roth, com obras do acervo do Museu Nacional Soares dos Reis, de 03 de outubro a 06 de dezembro; e, de 18 de dezembro a 07 de março, a mostra da artista Alicia Kopf, escolhida por Roth, com curadoria de Bruno Marchand, que sucedeu a Sardo, na programação de artes visuais da Culturgest.

De 01 de novembro a 21 de fevereiro, a Culturgest vai estar "fora de portas", com a exposição "O Pequeno Mundo", no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves. A curadoria é de Sérgio Mah e Gonçalo Barreiros é o artista convidado.

A programação da Culturgest para os próximos três meses prevê ainda um ciclo de conferências, que vai abordar questões sociais, do feminismo ao valor do trabalho artístico, envolvendo, entre outros participantes, figuras como a escritora e professora de Filosofia Política Silvia Federici (que edita em Portugal o livro "Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpo e Acumulação Primitiva"), o ativista brasileiro António Bispo dos Santos, os sociólogos Pierre-Michel Menger e Izabela Wagner, os arqueólogos Rachael Kiddey e Rui Gomes Coelho, os escritores Jean Luc Raharimanana e Leonora Miano e o antropólogo e arquiteto Sénamé Koffi Agbodjinou.

Todas as conferências e debates, que se realizam na Culturgest, serão disponibilizados em 'live streaming', nas redes sociais.

Para os mais novos, entre outras iniciativas, haverá o "Parlamento Grimm", do coletivo Bestiário, espetáculo participativo a ocorrer nos dias 14 e 15 de novembro, que adapta contos tradicionais à atualidade, "numa reflexão sobre democracia, liberdade, regimes totalitários e censura".

De outubro a maio do próximo ano, decorrerá também o "Coletivo de Curadores", proposta de montagem de uma exposição sobre a coleção da Caixa Geral de Depósitos, destinada a pessoas entre os 16 e os 19 anos, com e sem experiência nas artes visuais.

A programação da Culturgest para os meses de setembro a dezembro deste ano pode ser consultada a partir de hoje em www.culturgest.pt.

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