Meteorologia

  • 29 MARçO 2024
Tempo
14º
MIN 8º MÁX 15º

Lituânia vence Leão de Ouro na Bienal de Arte de Veneza

A Lituânia venceu o Leão de Ouro para a participação nacional da Bienal de Arte de Veneza, com uma ópera-performance de três artistas, anunciou hoje o júri.

Lituânia vence Leão de Ouro na Bienal de Arte de Veneza
Notícias ao Minuto

13:30 - 11/05/19 por Lusa

Cultura Distinção

As artistas transformaram um pavilhão numa praia artificial, numa "crítica às formas de lazer" da atualidade, em que o júri destaca "o uso inventivo do local" da apresentação.

"É uma crítica ao lazer dos nossos tempos cantada por um elenco de artistas e voluntários retratando pessoas comuns", destaca o júri do concurso dedicado à arte contemporânea.

'Sun & Sea', de Lina Lapelyte, Vaiva Grainyte e Rugile Barzdziukaite apresenta uma "ópera brechtiana" e pretende ser também uma metáfora à forma como os tempos de lazer exercem pressão no planeta e no ambiente.

Foi ainda atribuída uma menção especial como participação nacional à Bélgica, por fornecer na sua exposição "uma visão alternativa de aspetos pouco reconhecidos das relações sociais na Europa".

O Leão de Ouro para melhor participação na exposição internacional 'May You Live In Interesting Times' foi atribuído ao norte-americano Arthur Jafa, pelo filme de 2019 'The White Álbum', considerado pelo júri como "um ensaio, um poema e um retrato" sobre o racismo e a violência.

Com o Leão de Prata para um jovem artista foi distinguido o cipriota Haris Espaminonda, que atualmente trabalha em Berlim.

O júri da 58.ª Bienal de Arte de Veneza decidiu ainda atribuir uma menção honrosa à artista mexicana Teresa Margolles e ao nigeriano Otobong Nkanga.

A Bienal de Arte de Veneza, em Itália, abriu hoje ao público, no ano em que o certame tem como tema 'Tempos Interessantes', apresentando projetos de 91 países, entre eles Portugal, Brasil e Moçambique.

A exposição da representação de Portugal na Bienal de Arte de Veneza 2019 teve a sua pré-inauguração na quarta-feira, no Palazzo Giustinian Lolin, em Veneza, onde ficará ao longo do certame, até 24 de novembro.

Em declarações recentes à agência Lusa antes da inauguração, a artista Leonor Antunes definiu a exposição como "uma segunda pele" criada naquele palácio histórico, onde nasceram diálogos entre a sua obra e a cidade.

"Esta exposição é importante porque descobri coisas novas no meu trabalho, aprendi coisas novas", disse a artista à Lusa, questionada sobre qual o valor pessoal, na carreira artística, quanto à presença na Bienal de Veneza.

A artista de 47 anos, que reside em Berlim há 15 anos, foi escolhida pelo curador João Ribas para criar um projeto de representação oficial portuguesa.

Intitulado 'a seam, a surface, a hinge or a knot' ('uma costura, uma superfície, uma dobradiça ou um nó', em tradução livre), o projeto resulta de uma pesquisa que tem vindo a realizar já há alguns anos, em anteriores exposições que fez em Milão e Veneza, sobre o trabalho de figuras importantes no contexto da arquitetura de Veneza, nomeadamente Carlo Scarpa, Franco Albini e Franca Helg e, mais recentemente, as arquitetas Savina Masieri e Egle Trincanato.

As obras em escultura, que vai apresentar no interior de três salas do edifício, foram feitas em oficinas de carpintaria, em metal, cortiça, cabedal e vidro, em Veneza, Berlim e Lisboa.

Também em Veneza, a artista portuguesa Joana Vasconcelos irá inaugurar hoje uma exposição num programa cultural paralelo à bienal, intitulada 'What are you hiding? May you find what you're looking for', comissariada por Nina Moaddel.

O artista plástico luso-luxemburguês Marco Godinho foi escolhido para representar o Luxemburgo na bienal e o artista angolano Nástio Mosquito irá apresentar uma performance que abre os 'Encontros sobre Arte' um dos programas culturais paralelos.

A 58.ª Exposição Internacional de Arte tem curadoria do britânico Ralph Rugoff, diretor da Hayward Gallery, em Londres.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório