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Diário inédito de Saramago revela "a loucura" de receber o Nobel

A viúva de José Saramago, Pilar del Río, disse que o último volume dos diários do escritor, hoje apresentado, revela a sua vida em 1998 e a "loucura" de receber o Prémio Nobel de Literatura.

Diário inédito de Saramago revela "a loucura" de receber o Nobel
Notícias ao Minuto

13:49 - 08/10/18 por Lusa

Cultura Pilar del Río

"É a vida no ano de 1998 até 08 de outubro [data em que Saramago foi anunciado como vencedor do Prémio Nobel de Literatura], o dia como hoje [em que se comemoram 20 anos], um caderno onde ficam referenciadas viagens, conferências, encontros, preocupações, ansiedade e, a partir de 08 de outubro, a loucura do Nobel", disse aos jornalistas Pilar del Río.

A acompanhar o lançamento do 'Último Caderno de Lanzarote' no congresso, em Coimbra, que celebra os 20 anos de atribuição do Nobel da Literatura, a Porto Editora apresentou o livro 'Um País Levantado em Alegria', de Ricardo Viel, que relata "detalhes e surpresas" de como Saramago e o país viveram aquele dia, anunciou a organização.

"É um livro que explica como viveu Portugal e como Portugal cresceu naquele dia com a notícia do Nobel", adiantou a também presidente da Fundação José Saramago.

Questionada sobre o que significava Coimbra para Saramago, Pilar del Río recordou que foi nesta cidade que o companheiro soube da morte de José Cardoso Pires - o autor de 'O Delfim', 'Alexandra Alpha', 'Balada da Praia dos Cães' -, em outubro de 1998, poucos dias depois de receber o Nobel.

"Neste dia e neste momento, para mim, Coimbra chama-se José Cardoso Pires (...) Hoje Coimbra lembra-me José Cardoso Pires", frisou Pilar del Río.

A viúva do escritor lembrou ainda que José Saramago recebeu um doutoramento 'honoris causa' pela Universidade de Coimbra (em 11 de julho de 2004), proposto pela Faculdade de Letras, e que teve o ensaísta Eduardo Lourenço como padrinho do doutorando.

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