Isolamento dos edifícios continuará a ser feito "com materiais baratos"
Uma das novas alterações feitas ao Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, que visa a melhoria da eficiência energética e ambiental dos edifícios, não foi 'bem' aceite pelo Portal da Construção Sustentável (PCS).
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No dia 26 de novembro, o Governo informou que o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis sofreu umas alterações, ao nível do prolongamento das candidaturas e da dotação financeira, recorde-se. Uma das outras mudanças incluem uma nova categoria de isolamentos que visa a melhoria da eficiência energética e ambiental dos edifícios, recorrendo a materiais convencionais para isolamento e o aumento dos limiares de apoio dos isolamentos, quer para coberturas como para paredes, face à importância da melhoria do isolamento térmico enquanto medida de eficiência energética.
Uma medida que, para o Portal da Construção Sustentável (PCS), significa que o isolamento dos nossos edifícios continuará a ser feito "com materiais baratos e altamente poluentes", escreve o Diário Imobiliário, que adianta com a informação.
Desde a extração de matérias-primas até ao fim de vida útil de um edifício, o setor da construção é responsável por mais de 40% das emissões poluentes. Por isso, as matérias-primas têm de deixar de ser oriundas do petróleo, salienta o PCR.
De forma a tornar os edifícios mais sustentáveis, o PCS aponta também para a opção de utilizar materiais pré-fabricados que podem representar uma poupança de 80% de energia.
Isolar os edifícios e construir a pensar na desconstrução são igualmente opções vitais para este propósito. Isto porque "as nossas casas necessitam ser reabilitadas e isoladas convenientemente com recurso a materiais duráveis e amigos do ambiente", explica Aline Guerreiro, CEO do Portal da Construção Sustentável.
Caso contrário, "daqui a uns anos, teremos as mesmas necessidades de reabilitação dos dias de hoje, em casas onde os portugueses continuarão a morrer de frio", conclui a responsável.
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