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Espanha: Prevê-se que barreira das 500 mil casas vendidas seja superada

De acordo com os dados inseridos nos relatório Living Insights da Deolitte, durante este ano, o investimento imobiliário espanhol poderá aumentar 15% e a barreira das 500 mil casas vendidas tem probabilidade de ser ultrapassada.

Espanha: Prevê-se que barreira das 500 mil casas vendidas seja superada
Notícias ao Minuto

10:30 - 16/06/21 por Notícias ao Minuto 

Casa Espanha

O setor residencial de Espanha está de volta ao acelerador. Depois de a Covid-19 abrandar a compra e venda de casas, o setor imobiliário habitacional espanhol está pronto para um novo crescimento. Durante este ano, prevê-se que o investimento aumente 15% e que a barreira das 500 mil casas vendidas seja ultrapassada, de acordo com o relatório Living Insights da Deolitte. A notícia é adiantada pelo Ejeprime, jornal espanhol especializado no setor imobiliário.

"Estamos num ponto do ciclo imobiliário único, com fortes perspetivas de crescimento económico num contexto de baixas taxas de juro que favorecem a entrada de capital no setor imobiliário", diz Joaquín Linares, Financial Advisory Partner da Deloitte, acrescentando que "isto torna relevantes os volumes de investimento esperados, desde que a inflação moderada e a rápida obtenção da imunidade do grupo o permitam."

Saliente-se que Espanha tem sido o país com maior crescimento habitacional na Europa nos últimos catorze anos, segundo dados da Deloitte. Um crescimento promovido principalmente pelo saldo migratório e pela redução de membros por agregado familiar, que passou de 2,8 pessoas para 2,5 em 2019. 

A Deloitte faz ainda notar que a pandemia gerou carência de novos empreendimentos residenciais, o que resultará, no futuro, num défice de habitação para a construção nova. Ainda que a consultora saliente que os preços se manterão estáveis em 2021, estima um aumento de 3,3% em média em 2022. 

"Tendo em conta as estimativas económicas e com a chegada da ajuda europeia, espera-se um aumento da atividade de investimento e das transações, o que pode implicar pressão sobre os preços", afirma Pedro Fuster, diretor de Consultoria Financeira da Deloitte, em comunicado a que o Ejeprime teve acesso.

Por referência ao mercado de arrendamento, a consultora faz destaque para a falta estrutural em Espanha, com apenas 3% do produto institucional em renda, uma taxa que atinge 18% na Alemanha, 32% nos Países Baixos e até 37% nos Estados Unidos.

Para a Deolitte, o crescimento do número de casas, a dificuldade no acesso ao financiamento, o trabalho temporário, o desemprego e a baixa taxa de poupança irão impulsionar o mercado de arrendamento nos próximos anos. As rendas em zonas secundárias deverão aumentar 5%, enquanto nas zonas com forte procura turística vão cair entre 2% e 7%. 

O aumento do arrendamento também chegará a segmentos alternativos, como residências de estudantes, habitação sénior ou habitação partilhada. "Há uma oportunidade de criar um mercado em torno do coliving porque, retirando da equação o centro de Madrid ou Barcelona, onde há algum volume, não há nenhum produto em Espanha como há noutros países europeus ou nos Estados Unidos", acrescenta Fuster. 

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