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Desconfiança dos proprietários? “É generalizada”, diz a ALP

Iolanda Gávea, da Associação Lisbonense de Proprietários, salienta que a perda de rendimentos com estes programas nem sempre é compensada com os benefícios fiscais prometidos.

Desconfiança dos proprietários? “É generalizada”, diz a ALP

Programas como de Arrendamento Acessível ou o da Renda Segura, da CML, também fizeram parte do debate “Promoção para arrendamento – A nova prioridade”, inserido na Semana de Reabilitação Urbana de Lisboa.

À falta de adesão dos senhorios a estes tipo de  programas, conseguir criar uma nova oferta de habitação para arrendamento de longa duração a custos acessíveis poderá não ser fácil, mesmo com a existência de alguns programas públicos de incentivo, revela a Vida Imobiliária, a organizadora do evento.

Nesse sentido, Iolanda Gávea, da Associação Lisbonense de Proprietários, afirmou que a perda de rendimentos com estes programas nem sempre é compensada com os benefícios fiscais prometidos, salientando ainda os custos acrescidos com os seguros obrigatórios, ou questões sobre a dedução do AIMI.

Iolanda aproveitou ainda para destacar que as sucessivas alterações legislativas em matéria de arrendamento, implica "que os proprietários (fiquem sem) confiança, e isso é generalizado. Por isso é muito difícil aderirem".

Por seu lado, da SMART STUDIOS, Ricardo Kendall, criticou estes programas, referindo que "o Governo já lançou vários programas de habitação, e nenhum teve sucesso. O Estado devia tentar fazer mais regulação da atividade económica e não tentar fazer parte dela".

Já Ricardo Guimarães, da Confidencial Imobiliário, chamou a atenção para o facto de que a média ou a mediana, usada para o cálculo das rendas no Programa de Arrendamento Acessível, "são muito desenquadradas das necessidades de quem constrói para arrendar."

Durante o debate “Promoção para arrendamento – A nova prioridade”, Ricardo reforçou ainda a ideia de que "se é difícil para o proprietário particular, é muito mais difícil para o investidor para promoção." No sentido em que "há zonas de Lisboa com diferenças entre o seu quartil e a mediana. É muito difícil trabalhar com todas as variáveis e é preciso olhar à realidade", alertou.

Tiago Eiró, da EastBanc Portugal, destacou que deve-se "ambicionar que os licenciamentos demorem 3 a 6 meses, no sentido em que, o tempo é valor, e para termos habitação mais barata é preciso que os custos de contexto baixem, sejam os custos iniciais, seja o custo do licenciamento2, refere a Vida Imobiliária.

O papel do Estado no arrendamento "é importante", e que este deve ser "regulador e, se possível, menos interveniente", considerou João Pita, da Round Hill Capital. 

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