Projetos construídos para arrendamento totalizam oito mil fogos até 2024
Perspetivas do Marketbeat Portugal são de um "abrandamento moderado nos valores médios praticados" neste segmento, num contexto de fim das moratórias e agravamento do crédito malparado.
© iStock
Casa Habitação
Os projetos construídos de raiz para arrendamento (BTR -- 'Builk to Rent') totalizam 8.000 fogos até 2024, avança a agência Lusa.
As perspetivas do Marketbeat Portugal são de um "abrandamento moderado nos valores médios praticados" neste segmento, num contexto de fim das moratórias e agravamento do crédito malparado, destacando-se os projetos para classe média na periferia dos centros urbanos.
Ainda assim, e face às alternativas de investimento, prevê-se uma "manutenção da atratividade do setor" e um crescimento do arrendamento, com novos projetos de BTR a iniciar construção em 2021 e 2022.
No segmento da promoção e reabilitação urbana, o volume transacionado diminuiu 53% no ano passado, para 520 milhões de euros, com uma "quebra generalizada" do número de prédios vendidos nas áreas de reabilitação urbana (ARU), mas um "aumento de dois dígitos" dos projetos imobiliários licenciados e um "aumento transversal" nos custos de construção.
As expectativas da Cushman & Wakefield nesta área são de redução do volume de projetos de reabilitação urbana transacionados, de um crescimento da atividade de promoção imobiliária, "particularmente residencial de larga escala", e de "algum redirecionamento" de projetos de BTR para venda.
Relativamente ao investimento imobiliário, o volume transacionado recuou 13% em 2020, para 2.790 milhões de euros, sendo 77% do capital de origem estrangeira e ascendendo o investimento nacional a 640 milhões de euros (mais 26%), revela a Lusa.
As previsões são de uma "retoma gradual" do investimento em 2021, mas "diferenciada entre setores", com "maior preferência por ativos seguros".
Os negócios identificados em 2021 ascendem a 1.350 milhões de euros, a que acrescem mais 1.900 milhões de euros de negócios "mais longe de conclusão", entre 2021 e 2022.
Leia Também: Arrendamento de escritórios cai 29% em Lisboa e 17% no Porto em 2020