Dentro de dois anos, os carros elétricos da Xiaomi deverão chegar à Europa. Esses são os planos da tecnológica chinesa, que pretende dar luta a rivais como a BYD ou a Tesla.
Segundo o site Automotive News Europe e a Bloomberg, o presidente da empresa, Lu Weibing, revelou alguns pormenores e pretensões sobre os planos de expansão global aquando da apresentação dos resultados trimestrais.
A Xiaomi estreou-se nos carros elétricos no ano passado com o sedã SU7, um modelo totalmente elétrico. Já este verão chegou ao mercado o YU7, um SUV de luxo e alto desempenho que também é totalmente elétrico. Por enquanto, os dois estão à venda apenas na China.
No entanto, no início de julho Lu Weibing revelou na rede social Weibo que testou um SU7 Ultra em Munique, com uma matrícula legal para a Alemanha. Este foi, pois, o primeiro carro da Xiaomi oficialmente registado e legal na Europa, mas também foi enfrentado o circuito de Nürburgring Nordschleife com um novo recorde para protótipos (SU7 Ultra Prototype) e outro para veículos elétricos de produção em série (SU7 Ultra).
A investir quantias avultadas no setor automóvel, a tecnológica tem, igualmente, o objetivo de fazer frente a construtores de carros elétricos que estão instituídos atualmente - como a BYD ou a Tesla de Elon Musk posicionando-se no top cinco mundial de fabricantes.
A aposta da Xiaomi nos automóveis é sublinhada com mais uma contratação recente - a de Kai Langer, proveniente da BMW onde era diretor de design da i Series. Já no ano passado, Rudolf Dittrich trocou o construtor bávaro pela firma chinesa, tornando-se diretor do centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Munique.
Desempenho da Xiaomi até junho
Os resultados trimestrais revelam que, de abril a junho, a Xiaomi entregou 81.302 carros (157 mil ao todo na primeira metade do ano). Segundo a comunicação oficial dos resultados, no fim de junho existiam 355 pontos de venda de carros elétricos em 92 cidades chinesas.
As receitas totais da Xiaomi cresceram 30,5 por cento no segundo trimestre deste ano, face ao mesmo período de 2024, para o equivalente a cerca de 13,9 mil milhões de euros - isto apesar de uma quebra no negócio dos smartphones.
Já no fim do primeiro semestre como um todo, houve uma subida ainda mais expressiva (38,2 por cento). Em termos de lucro operacional, avançou 128,2 por cento no segundo trimestre e 177,5 por cento considerando toda a primeira metade do ano.
O prejuízo líquido da rubrica dos veículos elétricos, Inteligência Artificial e outras novas iniciativas desceu nas contas da Xiaomi entre abril e junho, em resultados que não consideram ainda o lançamento do YU7 - que ocorreu, apenas, no final de junho.
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