Comprar um carro usado é uma forma de ter um automóvel capaz para as necessidades gastando uma verba mais baixa do que seria necessário no caso da mesma viatura ser totalmente nova.
Independentemente da idade, do veículo, podem surgir dúvidas e há que ter alguns cuidados a ter para que a experiência não resulte em problemas desagradáveis. Ficam alguns conselhos.
- Onde comprar? Deve preferir um stand profissional ou um vendedor de confiança, para reduzir as chances de problemas como eventuais fraudes ou prestação de informações incorretas. Tenha, também, cuidado, com o custo do veículo - a sabedoria popular tem muitos ditados que alertam para ofertas demasiado tentadores para um determinado produto. Compare sempre o preço e características das viaturas, garantindo que está dentro da média para condições equivalentes.
- Nunca compre 'às cegas': Num mundo digital, há a tentação e o hábito de adquirir produtos à distância a partir de casa. No caso de um automóvel usado, que é um investimento avultado, deve sempre primeiro ver e inspecionar o produto fisicamente no local em sítio público e seguro.
- Estado e funcionamento: Deve fazer uma inspeção cuidada, de preferência num dia solarengo. Procure perceber se existem defeitos como ferrugem ou deformações na carroçaria, pintura - no geral, quaisquer potenciais problemas e danos. No fundo, trata-se de verificar cuidadosamente o estado de conservação no exterior e interior, inclusive para saber se está a comprar aquilo que um anúncio publicita. Em caso de defeitos, se mantiver o interesse na viatura, pode pedir a reparação antes da compra, segundo a DECO Proteste.
Se há defeitos facilmente visíveis, por outro lado é legítimo não ter vastos conhecimentos de mecânica. Por isso mesmo, também pode recorrer a um técnico especializado para uma inspeção profissional, indica a Agência dos Transportes da Nova Zelândia. É, igualmente, recomendável conferir o estado de manutenção do veículo (níveis de óleo, funcionamento dos travões e direção, estado dos pneus). Deve, igualmente, conferir o funcionamento com motor ligado, incluindo a transmissão e caixa de velocidades, para além de verificar o depósito de refrigeração.
- Quilometragem e idade: Quantos mais quilómetros o carro tiver percorrido, menos irá durar e mais prováveis serão os problemas. Do mesmo modo, com a idade. Deve também procurar confirmar que o automóvel tem as revisões em dia em função da quilometragem acumulada. Normalmente, há uma desvalorização associada à distância percorrida e à idade, o que pode não se aplicar em carros clássicos.
- Documentação e histórico: Deve pedir o Documento Único Automóvel, conferindo a validade do mesmo. Se possível, deve tentar saber o número de registos anteriores. Outro aspeto essencial é a inspeção periódica obrigatória - que deve estar sempre cumprida. O momento da mesma varia conforme a idade e tipologia de viatura.
Pode não ser uma tarefa fácil, mas deve tentar perceber o histórico da viatura, incluindo possíveis roubos, envolvimento em acidentes graves, reparações, se a indicação da quilometragem está correta, diz a página governamental britânica Citizens Advice.
É também essencial perceber se a viatura tem seguro, podendo fazê-lo através do site da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.
- Pagamento e propriedade: Para além de fechar um acordo para a compra, deve ficar bem definido o pagamento (incluindo pedidos de crédito ou o método de transação). E, claro, o comprador e o vendedor têm de fazer a transferência da propriedade junto do Instituto dos Registos e Notariado. Só assim, mediante o preenchimento e entrega da documentação exigida, é que o processo de compra/venda é definitivamente formalizado. Na hora da transferência de propriedade, o novo dono do veículo recebe um comprovativo provisório com validade de um mês, antes de chegar o novo Documento Único Automóvel.
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