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Vitória em Le Mans e o susto de uma vida no melhor ano de Henrique Chaves

Falámos com o piloto português durante a última prova do ELMS, as 4 Horas de Portimão.

Vitória em Le Mans e o susto de uma vida no melhor ano de Henrique Chaves
Notícias ao Minuto

14:21 - 19/10/22 por Ruben Valente

Auto Henrique Chaves

Henrique Chaves não terminou o European Le Mans Series da melhor maneira. Um acidente a 12 minutos do final deitou por terra as aspirações de terminar as 4 Horas de Portimão. O português não estava na luta pelo título, fruto da presença numa equipa pouco competitiva neste campeonato, mas o mesmo não se pode dizer no Mundial de Resistência, onde venceu as 24 Horas de Le Mans, logo na sua estreia.

Em declarações ao Auto ao Minuto, durante o fim de semana de Portimão, Henrique Chaves confessou que a conquista em Le Mans foi diferente de tudo aquilo que tinha vivido até hoje.

"Ganhar Le Mans é completamente diferente de qualquer outra corrida. O mediatismo não tem nada a ver. Até posso dar o exemplo, em termos de redes sociais foi uma linha a pique, muitos seguidores, comentários, gostos…", começou por dizer Henrique Chaves, em Portimão, em declarações ao Auto ao Minuto.

O circuito de Le Sarthe era uma completa novidade para Chaves, mas todo o tempo de simulador e todas as horas a assistir corridas em Le Mans ajudaram o piloto português a ter uma estreia de sonho.

"Não te sei dizer um número de horas, mas não diria que é apenas o simulador que faz a diferença. Muitas horas de corridas vistas, talvez valham mais do que muitas horas de simulador. Se souber o que pode acontecer à frente porque vi muitas corridas e sei que naquela curva pode acontecer muita porcaria… isso ajuda bastante. O facto de ter trabalhado no Eurosport, a comentar corridas durante a noite, durante o dia, ajudou-me também bastante a perceber o que pode ir acontecer. No entanto, as horas de simulador também ajudam sempre e fiz muitas horas. Era uma pista nova e queria chegar bem a Le Mans”, afirmou.

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Vencer a mais mítica corrida de 24 horas do planeta dá, como o próprio piloto já referiu, um reconhecimento maior do que qualquer outra prova. Um triunfo único, que muitos almejam, e que pode abrilhantar para sempre o currículo dos que fazem vida do automobilismo.

Aos 25 anos, o português natural de Torres Vedras não mostrou grandes dúvidas que este foi o melhor ano da sua carreira.

"Diria que sim. Uma vitória em Le Mans acabou por mudar a forma como sou visto no paddock. Talvez não como o piloto silver que é rápido só, mas neste caso como um piloto que pode ter bons resultados. Acho que a vitória em Le Mans fez a diferença. Mas não só… Chegar ao WEC e logo na primeira corrida fazer segundo lugar em Spa-Francorchamps e depois ganhar em Le Mans, acho que foi um abre olhos", frisou.

O acidente que marcou o ano

E se Le Mans foi o ponto alto de 2022 para Henrique Chaves, as 6 Horas de Monza fizeram com que o português apanhasse o maior susto da sua carreira. Uma falha de travões no circuito italiano fez com que o Aston Martin Vantage AMR escapasse ao controlo de Chaves e capotasse.

O piloto da TF Sport não ficou com ferimentos, felizmente, e rapidamente ultrapassou o sucedido. No entanto, não escondeu que um momento como aquele que viveu em Monza o marcou.

"A primeira coisa que pensei foi: ‘Como é que isto aconteceu?’. Depois comecei a cheirar para ver se tinha o carro a arder ou não, e tentar sair do carro. No fundo foram logo estes primeiros pensamentos. Consegui sair, vi que estava bem, ‘ok, não parti nada’, e quando olhei… ‘bem, isto foi grande’. Porque eu não sabia onde estava até sair do carro, não conseguia ver nada. Foi um susto, mas ultrapassei rapidamente. Três dias depois já estava noutro carro exatamente igual e nem sequer pensei nisso. Quando voltar a Monza, se calhar vou olhar de maneira diferente para a curva, mas depois de duas ou três travagens diferentes vou voltar à normalidade. Não podemos estar presos ao que aconteceu.

Futuro por decidir

Depois de um ano positivo, Henrique Chaves quer estar nas equipas mais competitivas onde possa estar. O piloto português ainda não tem o seu futuro decidido, mas os planos passam por se manter nas mesmas competições de 2022: Mundial de Resistência (WEC), Europeu de Resistência (ELMS) e GT World Challenge Europe.

"Adorava fazer o mesmo que fiz este ano. Claro que, se pudesse escolher, escolhia um projeto vencedor no ELMS, como tenho no WEC, e se calhar no GT World Challenge ao invés de competir numa categoria Pro-AM competia numa categoria Pro. Isso sim, iria puxar ainda mais por mim para atingir outros níveis como piloto", concluiu.

Leia Também: Guilherme Oliveira. Um campeão também se vê na hora da desilusão

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