Carga fiscal cresceu em 2015. Impostos já são 34,5% do PIB
Dados revelados esta manhã dão conta do peso crescente dos impostos no bolso dos portugueses. Grande maioria das taxas cobradas pelo Estado aumentaram, mas há exceções.
© Reuters
Economia INE
É uma das regras quase inevitáveis da vida dos portugueses: a subida anual dos impostos e o respetivo peso na carteira. Tal como tinha acontecido em 2013 e 2014, o ano de 2015 trouxe um agravamento da carga fiscal em Portugal, confirmado pelas contas do Instituto Nacional de Estatística divulgadas esta manhã.
"Em 2015, a carga fiscal aumentou 4,4%, após o crescimento de 2,1% observado em 2014, correspondendo a cerca de 34,5% do PIB (34,2% no ano anterior)", pode ler-se no destaque do INE, que detalha também a variação dos impostos diretos e indiretos mais relevantes. De acordo com a agência de estatística, o agravamento da carga fiscal "foi determinado pela evolução positiva da receita dos impostos diretos (2,6%), dos impostos indiretos (6,0%) e das contribuições sociais (4,0%)".
Nos impostos diretos, destaca-se o aumento do IRC em 15,7%, enquanto "ao nível dos impostos indiretos, destaca-se o comportamento da receita do imposto sobre o valor acrescentado (IVA), com uma variação positiva de 4,7% e o acréscimo de 10,4% da receita com o imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos (ISP)". "A receita com o imposto sobre o tabaco voltou a diminuir (-1,1%)", revela o INE.
"Continuaram a registar-se crescimentos acentuados da receita no imposto municipal sobre imóveis (7,7%), no imposto sobre veículos (22,8%) e no imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (20,8%)", pode ainda ler-se no documento disponibilizado através do site oficial da agência nacional.
O grande destaque no que toca a alívio do bolso dos portugueses foi o IRS, imposto que registou "um decréscimo de 1,4%" nas receitas.
Mesmo com o peso fiscal a aumentar, o INE destaca que "excluindo os impostos recebidos pelas Instituições da União Europeia, Portugal manteve, em 2015, uma carga fiscal inferior à média da União Europeia", com o Fisco a significar 34,3% do PIB contra a média de 39% na UE a 28.
[Notícia atualizada às 11h50]
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