PCP quer "luta" contra ataque do Governo à Segurança Social
O PCP defendeu hoje que é necessário "desenvolver uma grande luta" para acabar com os ataques ao sistema público de Segurança Social, que o Governo quer "efetivamente destruir".
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Economia Reação
"Temos que desenvolver uma grande luta, uma grande consciência nos trabalhadores, nos cidadãos de que é preciso pôr fim aos ataques a que o sistema público de Segurança Social tem sido sujeito ao longo de 38 anos de política de direita", afirmou Fernanda Mateus, membro da Comissão Política do PCP.
A comunista, que falava durante um debate no Porto sobre o direito dos trabalhadores à Segurança Social, salientou que "hoje, depois o pacto de agressão, com o Orçamento de Estado para 2015 e os objetivos que estão em cima da mesa, eles [Governo PSD/CDS] querem efetivamente destruir o sistema público".
"Não podem continuar a dizer que a situação financeira mais frágil da Segurança Social é da culpa dos trabalhadores ou das prestações sociais", disse, recordando o impacto que teve no sistema o "definhamento económico, a redução do emprego e a precariedade" e as "opções ruinosas" tomadas ao longo dos últimos tempos.
Para Fernanda Mateus, a "ideia de que estão a moldar o sistema para dar apoio aos que mais precisam é uma enorme falácia".
"O que eles querem, o PSD e o CDS, é cumprir o objetivo de sempre (...) que o sistema público de Segurança Social seja reduzido a uma componente residual, tendo por base seletividade na atribuição das pensões e um pendor claramente assistencialista", criticou.
Sobre o Partido Socialista, referiu que este "está muito caladinho como é conveniente", acrescentando: "fala muito em estado social, mas nada diz sobre a reposição das pensões, nada diz se vai eliminar as próprias distorções que colocou a partir de 2010 e não diz por uma razão tática, é que quanto mais calado mais vai iludindo as pessoas e vai criando a ilusão de que são alternativa quando objetivamente querem ser alternância da mesma política".
Considerando que "ao contrário do que é afirmado, não há nenhum sistema" que seja mais solidário que o da Segurança Social, Fernanda Mateus lembrou que são "os próprios trabalhadores com as suas contribuições, complementarmente com a obrigatoriedade do patronato fazer os seus próprios descontos (...), que formam o regime previdencial".
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