Diamantes angolanos rendem 490 milhões no primeiro semestre
A produção angolana de diamantes atingiu no primeiro semestre de 2014 mais de 651 milhões de dólares (490 milhões de euros) em receitas brutas, indicam dados compilados pelo Ministério da Geologia e Minas, consultados hoje pela Lusa.
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Economia Produção
Os resultados referem-se à produção industrial e artesanal, esta última através da emissão de senhas mineiras a cidadãos particulares, e envolvem dados contabilizados entre janeiro e junho de 2014.
Em termos da atividade industrial, concessionada, os números oficiais apontam para uma produção de 3,759 milhões de quilates no primeiro semestre. Trata-se de uma taxa de execução de 39,9 por cento face aos objetivos estabelecidos pelo Executivo angolano para todo o ano.
A produção industrial do primeiro semestre representou receitas brutas superiores a 468,4 milhões de dólares (352,6 milhões de euros), de acordo com os mesmos dados.
A atividade artesanal atingiu no mesmo período os 466,6 mil quilates produzidos e receitas brutas totais de 183.290 milhões de dólares (138 milhões de euros).
As receitas da produção diamantífera artesanal representam, segundo os mesmos dados, mais de 100% do valor que orçamentado pelo Executivo para a totalidade do ano.
A produção de diamantes em Angola, em termos de atividade industrial e artesanal, é gerida pela empresa pública Endiama, concessionária do setor.
No caso da produção artesanal, a atividade pode ser desenvolvida, segundo informação daquela empresa, com recurso a enxadas, catanas, pás e picaretas, exclusivamente através de "métodos e meios artesanais, não mecanizados e sem tecnologia mineira industrial".
A atividade de exploração artesanal é permitida mediante um título designado por "senha mineira", acessível apenas a cidadãos angolanos.
A produção angolana de diamantes está avaliada em cerca de 8,3 milhões de quilates por ano, correspondendo a uma receita bruta perspetivada na ordem de 1,1 mil milhões de dólares (cerca de 828 milhões de euros) por ano.
O ministério da Geologia e Minas, liderado por Francisco Queiróz, fixou a meta de aumentar a produção total de diamantes, até 2015, em termos médios, em 5% ao ano.
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