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Castanha atraiu quatro milhões de investimento e 50 empregos em Vinhais

A castanha atraiu para o pequeno município de Vinhais, no Nordeste Transmontano, um investimento estrangeiro superior a quatro milhões de euros e a criação de 50 postos de trabalho, num investimento francês, anunciou esta sexta-feira o autarca local.

Castanha atraiu quatro milhões de investimento e 50 empregos em Vinhais
Notícias ao Minuto

20:59 - 26/10/12 por Lusa

Economia Agricultura

"Um milagre", foi como Américo Pereira descreveu o investimento de capitais franceses na fábrica que abrirá na próxima semana no concelho transmontano, numa altura em que o país assiste ao encerramento de empresas e "em que só se ouve falar de desemprego, despedimentos e redução de postos de trabalho".

O milagre tem, todavia uma explicação económica, avançada pelo próprio autarca: "Vinhais concentra metade da produção nacional de castanha, que exporta para diversos países, nomeadamente para os franceses, que decidiram transformar no local a castanha que há vários anos recebiam desta zona portuguesa.

De acordo com o autarca, a fábrica prestes abrir em Vinhais "terá capacidade para transformar a castanha produzida em todo o país".

Américo Pereira divulgou o novo investimento na abertura da Rural Castenea, a feira anual de promoção deste produto agrícola que começa a ombrear com o conhecido e tradicional fumeiro de Vinhais.

"O futuro está nestes produtos", vincou o autarca socialista, apontando que a dedicação das gentes locais a estas actividades é a razão de "a crise estar a ter reflexos menos negativos no mundo rural, que tem sabido manter alguma forma de subsistência".

O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, presente na abertura da feira, citou os dados provisórios do inventário nacional florestal que apontam para um crescimento "superior a 45%” dos soutos, nos últimos 15 anos, em Portugal.

O governante reiterou o propósito do Governo de dar "mais valor à terra", embora as verbas do PRODER estejam esgotadas, à excepção das medidas florestais, e um projecto, o REFCAST, para aumentar a área de soutos em Trás-os-Montes esteja parado por falta de financiamento.

Daniel Campelo espera que no próximo quadro comunitário de apoio "estas realidades tenham acolhimento, que seja mais ajustado às realidades das regiões e dos produtos que podem fazer a diferença"

A amêndoa é outro dos produtos transmontanos com valor acrescentado comprovado, segundo observou também o secretário de Estado, numa passagem hoje por Torre de Moncorvo, a zona de maior produção no Nordeste Transmontano.

Daniel Capelo viu "uma pequena empresa que pegava na amêndoa com um valor de aquisição de meio euro o quilo e transformava-a num produto com valor final de venda de 50 euros o quilo".

O governante sublinhou a necessidade de "aproveitar estas mais-valias" dos produtos de qualidade, porque "é importante para as regiões, para as famílias e para o próprio país reduzir a dependência alimentar do exterior", cuja balança apresenta "um desequilíbrio de mais de 3 mil milhões de euros".

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