A edição 2015, a segunda, do programa inRes do CMU (Carnegie Mellon University) Portugal envolve dois projetos "na área dos jogos, um deles uma plataforma para o desenvolvimento de jogos a partir de desenhos feitos à mão pelos participantes, crianças, pais, famílias, professores" e o outro dedicado a cenários tridimensionais para jogos e para animação, disse hoje à agência Lusa o diretor da iniciativa.
João Claro referiu ainda um projeto na área da engenharia, com a possibilidade de aumentar a eficiência dos processos de desenvolvimento de 'software' e outro no âmbito das tecnologias médicas para "permitir melhorar o processo de preparação de próteses no caso de amputados dos membros inferiores".
O inRes seleciona projetos de 'start-ups' (novas empresas a arrancar nas áreas tecnológicas), acompanha o seu desenvolvimento com apoio técnico, acesso a possibilidades de financiamento e na aquisição de competências para a sua integração no mercado.
E proporcionou a estas equipas portuguesas sete semanas nos EUA, em Pittsburgh e em Silicon Valley, oportunidade para "desenvolverem uma atividade sobretudo na área dos contactos".
João Claro referiu que estes empreendedores, dois por cada equipa propõem projetos "numa fase ainda relativamente embrionária".
Trata-se de "ajudar em algo em que têm muito dificuldade em Portugal devido à dimensão pequenina do país e ao nível de desenvolvimento também ainda relativamente embrionário em muitas indústrias e mercados", explicou o diretor da CMU Portugal, uma parceria da universidade norte-americana com entidades portuguesas, nomeadamente o INESC TEC e o parceiro Caixa Capital.
Estes contactos "servem para começarem a montar uma rede de aconselhamento, parceiros, clientes e investidores que será útil" agora e em fases seguintes do desenvolvimento do projeto, no sentido da internacionalização, realçou João Claro.
Os resultados da iniciativa da CMU Portugal serão apresentados numa sessão que vai decorrer na quinta-feira, em Lisboa, e conta com o testemunho das oito equipas já a trabalhar com o programa, das edições de 2014 e 2015, acerca da sua experiência, dos contactos nos EUA e o acompanhamentos dos especialistas dos parceiros portugueses e norte-americanos.