Um recente estudo da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, indica que pesquisar informação na internet faz com que as pessoas se sintam mais inteligentes do que realmente são.
A panóplia de conteúdos que a internet fornece num só clique “torna mais fácil a confusão entre o nosso conhecimento e o conhecimento de uma fonte externa”, alerta Matthew Fisher, um dos mentores desta investigação citado pelo Daily Mail.
Após uma análise, os investigadores constataram que as pessoas que têm por hábito pesquisar informação na internet consideram-se mais bem informadas e com um cérebro mais ativo do que aquelas que costumam ‘puxar pela massa cinzenta’ e que não recorrem a motores de busca para obter respostas às questões colocadas.
A investigação contou com mais de mil inquiridos e foi dividida em nove fases. Nas primeiras, uma parte dos participantes teve que obter resposta a quatro questões aleatórias através de pesquisas online, tendo que apresentar, no final, o link com a informação procurada. Ao grupo de controlo, que não teve acesso à internet, foi dado o texto obtido pelo grupo que fez a pesquisa online.
Os dois grupos tiveram, noutras fases, que responder a outras questões que em nada se relacionavam com os temas primeiramente pesquisados e, mesmo quando não sabiam a resposta, os que faziam sempre pesquisas online acreditavam ter melhores conhecimentos do que os outros, confundindo o conhecimento real com o fictício e adquirido na internet.
Para os investigadores, o efeito de estar em ‘modo pesquisa online’ é tão poderoso que as pessoas continuam a sentir-se mais inteligentes que as restantes mesmo quando a pesquisa na internet não fornece o resultado desejado, diz o cofundador do estudo, Frank Keil.
Keil alerta ainda para os riscos deste ‘conhecimento irreal’ nos jovens, uma vez que as gerações atuais estão, mais do que nunca, à mercê das novas tecnologias.
Este estudo da Universidade de Yale foi publicado pela American Psychological Association.