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Projeto da NOS usa IA para avaliar saúde da colmeias. Chama-se AI-belha

As abelhas portuguesas passam a contar com a solução da NOS AI-belha, assente em 5G e inteligência artificial (IA), na avaliação da saúde das suas colmeias através do som, cujo piloto durará pelo menos seis meses.

Projeto da NOS usa IA para avaliar saúde da colmeias. Chama-se AI-belha
Notícias ao Minuto

07:45 - 27/03/24 por Lusa

Tech Inteligência Artificial

"A solução AI-belha vem no seguimento do 'Entusiasmómetro', lançado no NOS Alive 2023", diz João Ferreira.

"Seguindo a sua estratégica de 'transposição tecnológica' para outros casos de uso, a equipa pretendeu dar assim mais uma vida à tecnologia base de analítica de som, mas agora num domínio mais associado à sustentabilidade, neste caso em particular a polinizadores críticos à sobrevivência de todas as espécies no planeta", explica o diretor da NOS Inovação.

Esta solução vai ser agora utilizada para detetar a presença da abelha rainha e avaliar a saúde e comportamento das colmeias.

Em síntese, os apicultores "apenas têm de aproximar o seu 'smartphone' 5G da colmeia e recolher o som emitido pelas abelhas, tal como se tratasse de uma chamada telefónica", refere a NOS.

O áudio recolhido é enviado, em tempo real, para um servidor na 'cloud', onde, "através de inteligência artificial, são analisados os diversos tipos de ruído", e o resultado será a identificação da presença ou ausência da abelha-rainha através do som emitido pelas abelhas, bem como a deteção de outros padrões sonoros que possam indicar sinais negativos na saúde da colmeia, acrescenta a empresa.

Esta solução "demorou, sensivelmente, dois meses a ser implementada, incluindo tarefas de interpretação do problema, procura de dados com qualidade, tratamento de dados, e implementação de uma abordagem multi-modelo que nos permitisse responder melhor ao desafio proposto", avança o responsável.

O diretor da NOS Inovação sublinha que "este trabalho foi submetido para uma conferência internacional de Inteligência Artificial do IEEE - a maior organização profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade".

Questionado com surgiu a ideia, João Ferreira salientou que na NOS acredita-se que "o áudio vai além da comunicação básica e pode ser uma fonte extremamente rica de dados".

Com a análise de IA, "temos a capacidade de extrair 'insights' valiosos e tomar ações com base nessas informações numa variedade de cenários, desde eventos musicais, como o NOS Alive, até a monitorização de colmeias, como é o caso atual".

"É política da empresa inovar para um futuro melhor e a inovação passa por um processo de experimentar, testar e implementar vários 'enablers' tecnológicos que se adequem não apenas a um caso de uso específico, mas que, com relativa facilidade, possam ser aplicados noutros domínios", diz o responsável.

Assim, "após o 'Entusiasmómotro', agilizámos diversas sessões de 'brainstorming', das quais surgiram várias ideias", sendo que "através do nosso processo de 'idea expansion' o AI-belhas acabou por ser o escolhido para uma solução a mais curto-prazo", refere.

Entretanto, "já começámos a contactar vários apicultores e os primeiros testes deverão começar já nesta primavera", conta João Ferreira.

"Até agora, temos tido uma boa receção ao projeto" e "a nossa expetativa, além de testarmos e recolhermos um 'dataset' nacional, é termos também 'feedback' sobre o quão útil esta solução é para os apicultores e de que forma pode ser melhorada num processo de co-criação, desenvolvimento e avaliação com os utilizadores finais", sublinha.

Este "é um projeto financiado única e exclusivamente pela empresa, o que demonstra o seu total compromisso não só com a Investigação e Inovação, mas também com outras causas que não são exclusivas ao negócio principal da NOS", reforça João Ferreira, que acrescenta que atualmente a empresa está em contacto com vários apicultores individuais e associações a nível nacional.

A duração do projeto "vai depender dos dados que conseguimos adquirir tanto em quantidade como (principalmente) em qualidade" e "considerando, ainda, que pretendemos também obter 'feedback' dos apicultores, tanto a nível da fiabilidade dos modelos, como também da usabilidade da solução, estimamos que o piloto irá decorrer pelo menos durante seis meses".

Leia Também: UE apela a plataformas para identificarem conteúdos gerados por IA

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