A empresa responsável pelo Facebook, a Meta, terá decidido proibir os trabalhadores da divisão Workplace de discutirem o aborto e o direito à interrupção voluntária da gravidez, conta o site The Verge.
A publicação refere que a proibição partiu da vice-presidente de Recursos Humanos da Meta , Janelle Gale, que apontou para um “risco crescente” de que a empresa seja vista como um “ambiente de trabalho hostil”. Durante uma reunião com os trabalhadores, Gale terá afirmado que o aborto é “o tópico mais divisivo e denunciado por trabalhadores”, notando que “mesmo que as pessoas sejam respeitadoras e tentem respeitar outras perspetivas sobre o aborto, as pessoas ainda podem sentir-se alvos de acordo com o género ou religião”.
De acordo com os documentos internos da empresa analisados pela publicação, os trabalhadores estão proibidos de ter “opiniões ou debates sobre o aborto ser certo ou errado, existência de direitos de abortar e perspetivas políticas, religiosas e humanitárias sobre o assunto”.
Notar no entanto que, apesar desta proibição sobre o aborto, a Meta não impede que os trabalhadores discutam outros temas como os direitos da comunidade trans, imigração e até o movimento Black Lives Matter.
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