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"Não vamos voltar ao silêncio". O protesto da Activision Blizzard

Entre várias personalidades da indústria dos videojogos, os trabalhadores da Activision Blizzard também receberam apoio de alguns produtores da Ubisoft. A empresa francesa também foi alvo de acusações de assédio no verão de 2020.

"Não vamos voltar ao silêncio". O protesto da Activision Blizzard

Tal como haviam prometido, os trabalhadores da Activision Blizzard saíram à rua esta quarta-feira, dia 28, para um protesto onde apelaram a uma mudança de comportamento na liderança da empresa. De recordar que a Activision Blizzard foi processada no estado da California devido a práticas de assédio e discriminação, sobretudo com trabalhadores do sexo feminino.

Além do protesto, os trabalhadores da Activision Blizzard também aproveitaram para responder às declarações do CEO Bobby Kotick, que reconheceu "insensibilidade" na primeira resposta da empresa ao assunto. Apesar de apreciarem esse reconhecimento, os organizadores do protesto fizeram questão de frisar que esta não será uma ocasião única.

“Este protesto demonstrará que este não é um evento isolado que os nossos líderes consigam ignorar. Não vamos voltar ao silêncio; não seremos aplacados pelos mesmos processos que nos levaram a este ponto”, pode ler-se no comunicado (abaixo). “Este é o começo de um movimento duradouro em favor de melhores condições laborais para todos os trabalhadores, especialmente as mulheres, em particular mulheres de cor e transgénero, pessoas não binárias e outros grupos marginalizados”.

Entre as exigências dos trabalhadores da Activision Blizzard - que incluem a participação em processos de contratação e promoção e maior transparência de salários - parece que o líder da empresa está disposto a iniciar uma auditoria externa à empresa, respondendo assim aos pedidos dos organizadores do protesto.

Entretanto, este movimento já recebeu o apoio de múltiplas personalidades da indústria. Entre eles está o fundador e ex-CEO da Blizzard, Mike Morhaime, que numa publicação no Twitter prometeu “ser parte da mudança”. O gestor sénior de comunidade da Bungie, Dylan Gafner, também mostrou o seu apoio na rede social.

“Os esforços têm de continuar depois deste dia, de todos nós no espaço dos videojogos. Temos de fazer mudanças na nossa indústria. Temos de fazer mudanças nas nossas comunidades”, afirmou Gafner.

O mesmo apoio foi prestado por mais de 500 trabalhadores da Ubisoft (atuais e antigos), que assinaram uma carta aberta para expressar a sua solidariedade. De recordar que a empresa francesa foi, ela própria, alvo de acusações de práticas de assédio sexual no verão de 2020, sendo que na altura alguns dos produtores visados abandonaram a empresa pelo próprio pé, com outros acusados a terem sido alocados em outras posições.

“Aos trabalhadores da Activision Blizzard, estamos a ouvir-vos e queremos declarar em voz alta a nossa solidariedade”, pode ler-se na carta. “É claro que, pela frequência destas histórias [de assédio], que uma cultura profunda e transversal de comportamento abusivo dentro da indústria. Temos de exigir verdadeiros passos para as prevenir. Os visados devem ser responsabilizados pelas suas ações”.

Leia Também: Produção de 'World of Warcraft' foi suspensa devido a processo de assédio

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