A equipa alcançou uma eficiência na conversão energética de 17,3%, a mais alta registada por uma célula solar orgânica, segundo um estudo publicado na revista Science.
A investigação, dirigida pelo cientista chinês Chen Yongsheng, provou que as células fotovoltaicas orgânicas têm o potencial de alcançar um nível de conversão energética similar ao dos painéis solares tradicionais de silício.
"As células solares orgânicas são mais baratas e fáceis de fabricar do que os painéis de silício, mas o seu uso foi limitado até à data porque eram menos eficientes na conversão de luz solar em eletricidade", afirmou Chen, citado pela Science.
"Os materiais destas células tendem a ter um raio limitado de absorção da luz solar", acrescentou.
A equipa chinesa usou células em tandem (montadas longitudinalmente), colocadas junto a diferentes capas de materiais orgânicos, para resolver aquela limitação.
"Diferentes capas de células em tandem podem absorver diferentes longitudes de ondas de luz. Isto quer dizer que se pode usar a luz solar de forma mais eficiente e obter uma taxa de conversão energética mais alta", explicou Chen.
As células fotovoltaicas orgânicas produzem-se a partir de materiais baseados em carbono, com uma flexibilidade que permite a instalação em superfícies acidentadas.