Nem no seu maior Executivo, com 55 governantes, Sócrates conseguiu igualar Passos que chefia agora uma ‘equipa’ com 56 pessoas, fruto de mais uma remodelação, a sétima.
A posição do actual primeiro-ministro, que antes de o ser, sempre defendeu um Governo pequeno volta-se agora contra ele.
Em 2011, nas vésperas das eleições legislativas, das quais o PSD saiu vencedor, Passos Coelho afirmava: "Não podemos ter um governo com 16 ministros [número do Executivo de Sócrates], mais dezenas de secretários de Estado. Temos de ter um governo que se possa sentar à volta da mesa e que, com o primeiro-ministro, possa responder pelas decisões que são tomadas. E isto pode fazer-se com um governo muito mais pequeno e com um número de ministros não superior a 10”.
Aliás, foi talvez essa a razão que levou à criação de superministérios da Economia e da Agricultura, que vários comentadores consideraram ingovernáveis.
Não é que Passos tenha acabado por concordar, mas certo é que na sétima remodelação que fez ao seu Executivo, acabou por tirar pastas desses mesmos dois ministérios e criando um novo, o que fecha em 15 o número de ministros, sendo que os secretários de Estados são 47, dos quais 19 foram empossados esta semana. Ao todo o Governo funciona com 56 elementos.