Os CTT confirmaram a 02 de janeiro o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.
Uma dessas lojas é a da localidade de Camarate, concelho de Loures, no distrito de Lisboa.
"O encerramento do balcão de Camarate, que serve uma população de mais de 35 mil pessoas da freguesia de Camarate, Unhos e Apelação é um bom exemplo do negócio ruinoso, em consequência do qual os cidadãos se viram, de um momento para o outro, privados de um excelente serviço de distribuição postal", refere em comunicado o Bloco de Esquerda de Loures.
Na nota, os bloquistas alertam que "a população idosa recorre aos balcões dos CTT para receber as suas reformas e fazer os pagamentos das contas da água, luz e eletricidade", valências que agora "lhes são retiradas".
O possível encerramento do balcão dos CTT de Camarate já motivou também a contestação da Câmara Municipal de Loures, que aprovou, por unanimidade, uma moção, pelos órgãos de freguesia, que lançaram uma petição.
Os CTT referiram que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".
Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Calheta, na Madeira).
A decisão de encerramento motivou já críticas de autarquias e utentes.