Grupos de cidadãos fazem balanço muito positivo das autárquicas

A Associação Nacional de Movimentos Autárquicos Independentes (AMAI) fez hoje um balanço muito positivo da participação dos grupos de cidadãos nas autárquicas de domingo, nas quais conquistaram 17 câmaras e aumentaram o número geral de eleitos.

Autárquicas 2017 urnas

© Global Imagens

Lusa
02/10/2017 16:12 ‧ 02/10/2017 por Lusa

Política

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"Acho que é uma análise positiva, a gente deu aqui um pulo, um avanço", afirmou o presidente da AMAI, Aurélio Ferreira, lamentando que muitas candidaturas independentes não tenham avançado devido à dificuldade de organizar uma candidatura independente, em relação às candidaturas apoiadas pelos partidos.

As candidaturas independentes conquistaram nas eleições autárquicas de domingo 17 câmaras municipais, mais quatro do que em 2013, conquistadas a outras forças políticas, e em 13 destes municípios conseguiram maioria absoluta.

Apesar do balanço positivo, Aurélio Ferreira destacou os resultados obtidos pelos grupos de cidadãos nos outros órgãos autárquicos, especialmente nas freguesias.

"Tem muito mais relevância olhar para uma freguesia do interior, com 300 ou 400 pessoas, do que apenas para as 17 câmaras que conquistaram", disse.

Segundo a Comissão Nacional de Eleições, (CNE), foram pouco mais de 90 as candidaturas independentes às câmaras municipais, mas as candidaturas totais independentes a órgão autárquicos, na totalidade, foram mais de 1.190.

Destas, referiu Aurélio Ferreira, "o grande bolo [foram] as candidaturas às assembleias de freguesia".

Às 14:30 de hoje, quando faltavam apurar cinco freguesias a nível nacional, os independentes tinham 129 mandatos nas câmaras municipais, 390 nas assembleias municipais e 3.341 nas assembleias de freguesia (AF).

Para as câmaras mais de 348 mil pessoas votaram em grupos de cidadãos e para as assembleias de freguesia mais de 499 mil eleitores.

"O que é uma coisa que dá para refletir muito. Há meio milhão de pessoas que querem votar nos grupos de cidadãos nas AF, o que é muito mais revelador, porque as pessoas conhecem. Aí não há clubites. Aí votamos no Zé ou na Maria, aquela pessoa que é da terra, que tem um projeto, que a gente conhece", sublinhou Aurélio Ferreira.

Outro caso é o dos antigos autarcas que decidiram candidatar-se por movimentos independentes por não terem tido o apoio dos respetivos partidos no regresso - como Valentim Loureiro em Gondomar, Narciso Miranda em Matosinhos, Narciso Mota em Pombal e Rondão Almeida em Elvas -- e que foram derrotados no domingo.

Em princípio, a AMAI afirma que "qualquer cidadão deve poder candidatar-se seja a que órgão for, se entender que tem um projeto, uma ideia, mesmo aqueles que são ex-qualquer coisa".

"Agora, do ponto de vista prático, eu creio que os cidadãos não são tontos, não são parvos. Eles percebem o que está a acontecer", disse.

Mesmo quando o candidato tem "'handicaps', como o caso do Isaltino Morais, o cidadão sabe avaliar se o candidato lhe pode ser útil, se lhe dá confiança, e vota nele", continuou.

"Agora, se o cidadão entende que está a haver um aproveitamento daquele cidadão para tomar um órgão autárquico, acabam por penalizar o candidato", seja de partidos ou de movimento independentes, considerou o presidente da associação.

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