Fugas de informação lançam desconfiança no Governo
Só o primeiro-ministro Passos Coelho e o ministro Adjunto Miguel Poiares Maduro ficaram com as versões integrais dos documentos centrais da agenda do Conselho de Ministros, realizado no passado fim-de-semana. A intenção, explica hoje o Expresso, é evitar fugas de informação para os meios de comunicação, que podia tornar-se mais fácil com o acesso de todos os ministros aos documentos.
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Política Ministro
O semanário Expresso conta, na edição deste fim-de-semana, que o documento elaborado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do partido de coligação, Paulo Portas, sobre a reforma do Estado só foi entregue ao primeiro-ministro e ao ministro Adjunto, Miguel Poiares Maduro.
Em causa, apurou o Expresso, está o receio de fugas de informação dentro do próprio Governo à comunicação social, algo comum em todos os anteriores Executivos portugueses mas que não agrada de todo ao chefe do actual, Pedro Passos Coelho.
Assim, terá pensado o primeiro-ministro, evitou que tal acontecesse restringindo o acesso do documento aos restantes ministros. A contribuir para esta desconfiança no seio do Governo de coligação PSD/CDS estará também o desgaste na relação entre Passos e Portas.
“Passos e Portas já mal falam. Falam, claro, de tudo o que têm a falar no Governo, mas as relações estão circunscritas a isso”, revela uma fonte próxima dos dois ao Expresso, confirmando que “o clima entre ambos é mau”.
Apesar disso, garante a mesma fonte, Passos e Portas estão também “plenamente conscientes de que seria gravíssimo para o País abrir uma crise política nesta altura”, pelo que “saberão gerir” o mal-estar e desconfiança instalados no seio da coligação, que há poucos dias completou dois anos de mandato.
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