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Offshores. Explicação de Paulo Núncio? "Foi desajeitada, no mínimo"

João Galamba não ficou satisfeito com as justificações dadas por Paulo Núncio. Já Nuno Magalhães, diz perceber a explicação do ex-secretário de Estado, embora admita não concordar com a sua decisão.

Offshores. Explicação de Paulo Núncio? "Foi desajeitada, no mínimo"
Notícias ao Minuto

23:56 - 01/03/17 por Notícias Ao Minuto

Política Notícias

João Galamba, do PS, e Nuno Magalhães, do CDS, comentaram o assunto do dia na antena da RTP3. Os dois comentadores, sendo de cores políticas opostas, não concordaram na questão central: as explicações dados esta quarta-feira por Paulo Núncio no Parlamento no caso dos 10 mil milhões de euros transferidos para os paraísos fiscais.

Galamba considerou a explicação de Paulo Núncio dada hoje, de que a decisão de não publicar os dados para não beneficiar o infrator, foi "desajeitada, no mínimo", notando que houve uma evolução nas justificações dadas pelo mesmo desde que o caso veio a público na semana passada.

Primeiro, sublinhou o socialista, Paulo Núncio "responsabilizou a Autoridade Tributária (AT), depois reconhecia a responsabilidade política e hoje disse que não foi um erro, não foi um lapso, mas que foi um ato deliberado.

Foi uma escolha de Paulo Núncio não publicar os dados", disse João Galamba, frisando, por várias vezes, que o ex-secretário dos Estado dos Assuntos Fiscais escolheu não seguir uma recomendação da União Europeia.

Além disso, Galamba considerou não ser correto falar apenas de Paulo Núncio. Para o deputado, tanto Maria Luís Albuquerque, como Vítor Gaspar, ministros das Finanças do anterior governo, têm responsabilidade política por não se terem "interessado pela matéria".

O socialista aproveitou ainda para enaltecer o papel do atual secretário de Estado, Rocha Andrade, que fez com que o problema fosse detetado. Por seu turno, Nuno Magalhães comentou que as audições de hoje permitiram clarificar, não aquilo que aconteceu, mas sobretudo aquilo que não se passou.

"Ficou claro que, tendo sido um erro, que esse erro não deveria ter acontecido, ainda assim não aconteceu aquilo com que o país foi confrontado há uma semana: uma fuga de 10 mil milhões de euros dos cofres do Estado e que isso serviria para pagar os juros da dívida pública, que esse dinheiro está perdido, que são fuga aos impostos. Não foi, não aconteceu", fez notar.

Magalhães, de resto, disse ter percebido a explicação dada por Paulo Núncio. "Do ponto vista argumentativo, percebe-se", sublinhou, confessando, no entanto, que não concorda com a atitude tomada pelo responsável. "Tudo ponderado, acho que não devia tê-lo feito por isso é que assumiu responsabilidade política".

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